Construção de rodovia entre Brasil e Chile será positiva à economia sul-mato-grossense

Construção de rodovia entre Brasil e Chile será bom para a economia sul-mato-grossense
FUTURO: Trecho já pavimentado da rota Bioceânica no Paraguai. Foto: MOPC/Divulgação

Rota de Integração Latino-Americana (RILA) pode movimentar cerca de R$ 1,476 bilhão por ano, diz Setlog MS

A Rota de Integração Latino-Americana (RILA), que vai ligar o Brasil ao Chile, pode movimentar cerca de R$ 1,476 bilhão por ano na economia sul-mato-grossense, quando estiver totalmente operacional em 2025. Essa é a projeção do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog MS), baseada na cotação do dólar deste sábado (11), de US$ 300 milhões.

Nós estimamos há dois anos, que no primeiro ano de funcionamento da rota, se ela estiver operando full, sem problema nas adunas, sem nenhum entrave, com uma boa estrutura de postos e hotéis, injetaria U$S 300 milhões por ano, na economia de Mato Grosso do Sul”, revelou o presidente do Setlog MS, Claudio Cavol, durante o Briefing, com os participantes da terceira expedição da RILA, no último dia 10.

No dia 24 de novembro, uma caravana sairá de Campo Grande (MS) para testar a Rota Bioceânica, uma megaestrada que conectará o Brasil ao Chile, atravessando Paraguai e Argentina. O ponto de partida no Brasil será Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e os destinos no Chile serão os portos de Iquique e Antofagasta. A caravana será composta por empresários, representantes de entidades do setor produtivo e de instituições de ensino e pesquisa e autoridades.

Essa é a terceira caravana organizada pelo Setlog MS, que há dez anos lidera a busca por uma alternativa mais competitiva aos portos brasileiros do sul e sudeste, para exportar os produtos estaduais e nacionais, principalmente para os mercados asiáticos e que também contemplará todo o oeste da América do Norte.

As obras principais para viabilizar a rota estão em andamento, como a Ponte da Bioceânica, que liga o Paraguai, por Carmelo Peralta, ao Brasil, por Porto Murtinho, com mais de um terço do projeto concluído, e a pavimentação de 600 quilômetros no Paraguai, que foi dividida em três fases, sendo que uma já foi finalizada e outra já foi licitada.

Ponte da Rodovia Bioceânica

De acordo com o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC), já foi finalizado cerca de 30% da construção da ponte Bioceânica, que será responsável pela ligação da cidade paraguaia Carmelo Peralta ao município brasileiro de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul.

A ponte será importante na viabilização da Rota Bioceânica rodoviária, uma megaestrada que permitirá a ligação entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, no Chile. Porto Murtinho, localizado em Mato Grosso do Sul, servirá como ponto de partida no Brasil.

Conforme estudos realizados pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a megaestrada tem o potencial de reduzir em mais de 9,7 mil quilômetros a rota marítima nas exportações brasileiras para a Ásia. Em uma viagem com destino à China, por exemplo, isso poderia resultar em uma diminuição de 23% no tempo de viagem, representando cerca de 12 dias a menos.

Essa melhoria na logística implica em um aumento da competitividade para os produtos originários de Mato Grosso do Sul e do Brasil como um todo. Além disso, a rota facilita o aumento das trocas comerciais entre os quatro países que compõem o seu trajeto: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, ao mesmo tempo em que promove a integração cultural e o turismo.

A construção da ponte está sob responsabilidade de um consórcio binacional e recebeu um investimento de R$ 575,5 milhões por parte da administração paraguaia da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A ordem para o início da construção da ponte foi dada pelo governo paraguaio em 13 de dezembro de 2021.

Fonte: Setlog MS

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