Bullying contra aluno de 13 anos em colégio de Campo Grande vira caso de polícia

Bullying contra aluno de 13 anos em colégio de Campo Grande vira caso de polícia
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

Nesta sexta-feira (2), família de um adolescente de 13 anos procurou a  para relatar caso de bullying que o jovem sofreu na escola, um colégio municipal de Campo Grande. O fato é tratado como injúria e, a partir de relato feito nas redes sociais, outras famílias também afirmaram que os filhos sofreram com casos semelhantes.

Conforme o registro policial, o aluno está na 5ª série do ensino fundamental e faz acompanhamento médico, por causa de um retardo mental que tem. Na quinta-feira (1º), a  teria chamado o aluno para escrever uma frase no quadro. Ele foi e tentou escrever, mas ficou muito nervoso.

Assim, o jovem não conseguiu escrever. Ele estava com o uniforme suado, por causa do calor, então passou a ser xingado pelos colegas, chamado de ‘mijão’, entre outros termos pejorativos. O que a família relata é que não houve uma intervenção por parte da professora, que teria também entrado na ‘onda’ dos alunos.

O caso acabou chegando até a direção do colégio, mas a princípio nada foi feito. A família relatou que o menino agora não quer mais ir à escola, mas foi orientada que, se ele não for às aulas, podem responder pelo abandono intelectual.

Outros pais também relataram bullying

Ao Midiamax, a família do menino contou que publicou em rede social um relato do que ocorreu com o adolescente. A partir daí, passou a receber comentários e mensagens de pais de outros alunos, que também sofreram casos semelhantes na escola.

Um aluno teria, inclusive, sido enforcado por outros. O jornal entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e, enquanto aguardava retorno, soube que reunião foi agendada com os pais desses alunos para a próxima semana.

O que diz a secretaria

Em nota, a Semed relatou que o ocorrido não foi exatamente como registrado pela família na publicação feita na rede social. “A professora da turma levou uma balança para a sala de aula, com o intuito de ensinar sobre peso e medidas. A atividade não era avaliativa e em nenhum momento houve constrangimento ao aluno por qualquer motivo”, diz a nota.

Ainda é esclarecido que o aluno quebrou a balança com um chute, sem subir no equipamento. “Os demais alunos questionaram o colega do motivo de tal atitude. Mesmo assim a aula seguiu normalmente”, diz a nota.

“A direção da escola tomou todas as medidas cabíveis e apurou o caso junto aos alunos, a profissional de apoio que presenciou o fato e também a professora e todos relataram que não houve nenhum tipo de desrespeito ao aluno em questão. A profissional está abalada com a situação e recebe apoio do programa Valorização da Vida”, diz a secretaria.

Conforme a Semed, a professora foi ameaçada nos comentários da publicação. “A escola entrou em contato com a mãe do aluno, que é a responsável legal por ele, inclusive para ouvi-la sobre o caso, porém ela não retornou as ligações e mensagens. O caso anterior relatado pela familiar foi apurado e resolvido na escola. Mesmo sem comprovação do bullying supostamente sofrido pelo aluno (ele não soube apontar o que dito), e da apuração não ter confirmado qualquer ocorrência de bullying, uma aluna foi transferida de turma. O aluno em questão é faltoso, não comparece às aulas e a escola está atenta e cobra da família a presença dele – foram apresentados alguns atestados médicos, porém outras faltas não foram justificadas. Outra questão é que a atuação da professora foi para incluir o aluno na rotina escolar, levando ele ao quadro – assim como os demais alunos em sala de aula – para se sentir parte da turma quando está presente na aula.

A SEMED interviu, auxiliando no atendimento à professora e também está atenta ao aluno. Foi marcado um atendimento à família para segunda-feira (5), mas a mãe não confirmou o comparecimento na escola”.

MIDIAMAX

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