Vinho grego evolui e é redescoberto pelo Brasil; veja quais são os melhores

Por algum tempo o vinho da Grécia, de onde os romanos aprenderam a fazer a bebida, foi esquecido pelo consumidor brasileiro. Houve uma época em que qualquer restaurante mediano tinha na sua carta o clássico Cambas. De lá para cá, o vinho grego evoluiu muito, mas sem nunca perder a tipicidade e suas matizes, que são muitas, dentro do terroir helênico. O vinho da Macedônia, norte da Grécia, é muito diferente daquele que encontramos no Peloponeso que, por seu turno, difere do de Creta.

Sobre Creta, que é um mundo à parte, tanto quanto o seu vinho (e quanto ao seu azeite), é importante saber que a ilha possui extensa tradição produtora. Tanto que é possível visitar as diversas prensas de vinho esculpidas em pedra, espalhadas por toda região, datadas da era veneziana (século XII). Um dos produtores mais tradicionais de Creta é a família Lyrarakis, que produz vinhos desde sempre, com as variedades dominantes da região: Vilana, Kotsifali e Agiorgitikos.

 

A casta Assyrtiko, que nos entrega brancos minerais e com personalidade única, é nativa do sul da Grécia, sendo dominante no Peloponeso e presente em vinhos fantásticos vindo de ilhas como Santorini e da própria Creta. Os tintos gregos, por seu turno, fizeram e ganharam fama e categoria mundial. Tanto é assim que os encontramos com facilidade e diversidade nos grandes restaurantes de New York, Londres e Hong Kong. Talvez a casta tinta grega mais preponderante seja a Agiorgitiko, que nos oferece vinhos tintos com muita fruta vermelha, excelente volume de boca, boa estrutura e gulosos, sem ser sobremaduros, elaborados em estilos para consumo jovem ou para resistir ao tempo. Hoje, no Brasil, encontramos vinhos gregos com alguma facilidade. Recomendo-os. Yamas! Salut!

 

 

fonte: Conteúdo ms

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