Tiago Vargas pede cassação do mandato de “Mamãe Falei” à Alesp, após o parlamentar chamar as ucranianas de fáceis e pobres

A atitude repugnante do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), conhecido como “Mamãe Falei”, quando afirmou que as mulheres ucranianas são “fáceis porque são pobres” em um grupo de amigos em aplicativo de mensagens, fez com que o vereador Tiago Vargas (PSD) protocolasse, na manhã desta segunda-feira (7), um ofício dirigido à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), solicitando a cassação do mandato do parlamentar.

“Como um deputado estadual, que deveria estar em seu Estado, trabalhando em prol das pessoas que o elegeram, vai para para a Ucrânia, onde as pessoas estão sofrendo com a guerra, e ainda diminui as mulheres do país”, questionou o vereador.

Diante das falas machistas e aporofóbicas do deputado “Mamãe Falei”, Tiago Vargas protocolou um ofício encaminhado ao presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), solicitando que a Casa tome medidas drásticas contra o parlamentar.

“Sabendo do empenho de Vossa Excelência, em sempre proporcionar medidas necessárias à preservação da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais das pessoas, requeiro a apuração do presente episódio, para que, observando o processo legal, aplique a devida sanção ao deputado estadual Arthur do Val, recomendando-se, diante da gravidade de tais fatos, a cassação de seu mandato”, pede o vereador, à Alesp.

A ajuda do “Mamãe Falei” não era humanitária

O deputado por São Paulo, “Mamãe Falei”, na última semana, esteva na Ucrânia, país que sofre com a guerra organizada pela Rússia, que tenta tomar o país. Ele mandou um áudio em aplicativo de mensagens, dizendo que as mulheres da Ucrânia são fáceis. O político estava no país para prestar ajuda aos refugiados da guerra, com recursos levantados junto ao Movimento Brasil Livre (MBL), do qual faz parte.

“Elas olham e, eu vou te dizer, são fáceis porque elas são pobres! E aqui, cara, a minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Depois eu te conto a história. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas minas, porque eu não tinha tempo. Dois grupos de minas. É inacreditável a facilidade”, diz Arthur em parte de seu áudio, enviado no aplicativo de mensagens.

Ele ainda acrescenta, dizendo que uma recepcionista ucraniana se interessou por ele. “A recepcionista do hotel deu em cima de mim aqui. Meu Deus! Pensei, ‘não é possível que isso esteja acontecendo, é uma mentira, é um filme’, isso não tá acontecendo! Essas cidades mais pobres são as melhores, realmente é inacreditável. Juro por Deus, é outro mundo. Eu tenho 35 anos, cara, e eu nunca vivi isso. E eu nem peguei ninguém aqui. Não peguei. Só a sensação de saber que eu poderia fazer, e sentir como alguém, enfim, já sabem”, completou.

O parlamentar continuou com seus comentários dizendo que as mulheres do país são deusas e que são mais bonitas do que as mulheres do Brasil, e promete voltar ao local depois da guerra, mostrando sua verdadeira intenção ao “ajudar” a população da Ucrânia que passa por um momento de guerra.

Após fala machista e aporofóbica, Arthur do Val, que é casado, ao voltar ao Brasil, concedeu entrevista coletiva, reconheceu o erro e disse que seus comentários sexistas foram feitos em um momento de empolgação.

“Foi errado o que eu falei, não é isso que eu penso. O que eu falei foi um erro, em um momento de empolgação”, disse o deputado a jornalistas no desembarque. “Sou homem, sou jovem. Vi um monte de mulheres bonitas sendo simpáticas, talvez porque em São Paulo as mulheres sejam mais inacessíveis”, completou.

 

Assessoria de Imprensa do Vereador 

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