Tensão política pode impactar reeleição de Jerson Domingos no TCE-MS
presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jerson Domingos | Créditos: Foto: Campo Grande Informe
A disputa pela Prefeitura de Campo Grande está reverberando no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), ameaçando a reeleição de Jerson Domingos para a presidência da instituição. A relação de Jerson com o PSDB deteriorou-se após ele incluir o candidato tucano a prefeito, Beto Pereira (PSDB), na lista de políticos que podem enfrentar inelegibilidade pela Justiça Eleitoral.
O PSDB contestou a inclusão de Beto Pereira na lista, alegando que a omissão do nome em outras eleições indicava uma perseguição, supostamente motivada pela preferência de Jerson por Rose Modesto (União).
A crescente tensão entre Jerson e o PSDB, liderado por Reinaldo Azambuja (PSDB), pode influenciar a eleição para a presidência do TCE-MS. Com a saída de Iran Coelho, Ronaldo Chadid e Waldir Neves, restam quatro conselheiros na disputa pelo cargo.
Para formar uma chapa, o grupo restante (Jerson, Flávio Kayatt, Osmar Jerônymo e Márcio Monteiro) precisaria compor uma equipe com três membros (presidente, vice-presidente e corregedor). Caso não consigam formar uma nova chapa, Jerson continuará como presidente, visto que a formação de uma nova chapa seria inviável.
A divisão atual no tribunal é um fator complicador, com Flávio e Márcio Monteiro sendo indicados por Reinaldo Azambuja e Jerson e Osmar Jerônymo sendo aliados de André Puccinelli (MDB). Puccinelli, que sempre teve Osmar Jerônymo como aliado, pode desempenhar um papel crucial na negociação, podendo até oferecer a presidência a Osmar, caso consiga uma aliança com Monteiro e Kayatt. Apesar de apoiar Beto Pereira e manter uma aliança com o PSDB, Puccinelli também mantém proximidade com Jerson Domingos.
Jerson Domingos pode se beneficiar da atual divisão, permanecendo como presidente caso não haja um consenso. No entanto, ele está ciente de que seu tempo no TCE-MS é limitado, já que se aposentará compulsoriamente no próximo ano. Além disso, Jerson manifesta o desejo de retornar à vida política.
A presidência do TCE-MS foi assumida por Jerson de forma emergencial, após a prisão de um trio de conselheiros. Desde então, a escolha de Jerson como presidente ocorreu em meio a uma divisão entre os conselheiros. O prazo para encontrar um consenso vai até dezembro.
Com informações de Investiga MS.