Olá, tudo bem? Aqui é o Giorgio da Gazeta e gostaria de compartilhar algumas visões do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, que pediu demissão dia 15 de maio, menos de um mês após “sentar na cadeira”.
Em entrevista à Globo News, ele confessou que teve divergências com o presidente Jair Bolsonaro na gestão da saúde, mas buscou não culpar o presidente pela atual situação da epidemia de coronavírus no Brasil. E disse que, em sua gestão, também precisou olhar para outros problemas que podem se agravar no pós-pandemia: “Não fui ministro da Covid. Fui ministro da Saúde”, disparou.
Teich afirmou que a insistência do presidente em mudar o protocolo da cloroquina “teve peso” em sua saída. Tanto que um dia após a saída do ministro, o Ministério da Saúde mudou o protocolo da cloroquina. Mas garante que não foi pressionado a assinar tal mudança.
O ex-ministro foi enfático sobre o medicamento: “Não dá para deixar essa decisão na mão do médico”. Para ele, a partir do momento em que a cloroquina foi “autorizada” por conselhos de Medicina e pelo Ministério para uso médico em casos de Covid, seria a “mesma coisa que recomendar”.
Pelo fato de não haver uma pesquisa que comprove a eficácia da cloroquina e hidroxicloroquina, o atual momento é para que o Ministério e conselhos de medicina revejam suas políticas, na avaliação de Teich.
Ele citou um estudo publicado na sexta-feira (22) com 96 mil pacientes, que aponta maior risco de mortalidade, e de arritmias cardíacas, em comparação às pessoas que não receberam as substâncias. Após a divulgação da pesquisa, nesta segunda-feira (23), no mundo, a Organização Mundial da Saúde tomou uma decisão: suspendeu estudos com hidroxicloroquina.
Teich não se mostrou a favor nem do isolamento horizontal, nem do vertical. “Sou a favor do isolamento seletivo”, disse. Clique no botão azul e confira: |