Só Lula e Huck venceriam Bolsonaro no 2º turno

O ex-presidente Lula (PT) e o apresentador Luciano Huck são os únicos pré-candidatos com uma vantagem clara contra o presidente Jair Bolsonaro em um 2º turno nas eleições de 2022, segundo pesquisa PoderData realizada nesta semana (10-12.mai.2021).

Lula tem 50% da preferência dos eleitores contra 35% de Bolsonaro em uma disputa de 2º turno. Huck marca 46% contra 38% do presidente. As taxas oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais, em relação a 1 mês antes.

O presidente está em situação de empate técnico em um eventual 2º turno com Sergio Moro –os 2 teriam 39%– ou com Ciro Gomes –Bolsonaro teria 41%, ante 38% do pedetista. Também há empate com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que tem 37% dos votos, contra 40% de Bolsonaro.

O presidente ganharia com folga do governador de São Paulo, João Doria: 42% contra 32%. Há 1 mês, os 2 estavam numericamente empatados na marca dos 39%.

Esta pesquisa foi realizada no período de 2ª a 4ª feira desta semana (10 a 12 de maio de 2021) pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorialcom o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 489 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

DERROTAS DE BOLSONARO: LULA E HUCK

Como mostra o PoderData, Lula e Huck são os únicos que impossibilitariam a reeleição do atual presidente. Ambos derrotariam Bolsonaro com folga.

Lula tem vantagem de 15 pontos contra Bolsonaro. Huck está à frente por 8 p.p..

CONTRA DORIA, BOLSONARO SE REELEGERIA

A pesquisa mostra que Bolsonaro ampliou a vantagem em relação a Doria, com quem trava uma disputa em relação ao combate à pandemia. É o único cenário de 2º turno em que o presidente seria reeleito por uma diferença acima da margem de erro.

 

 

A intenção de votos do chefe do Executivo Federal nesse cenário subiu 4 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. A diferença entre eles cresceu para 10 pontos percentuais.

Doria tem criticado ativamente a atuação do governo federal e as atitudes de Bolsonaro em relação à pandemia. Na 2ª feira (10.mai), disse que “há um esforço contrário em manifestações conduzidas e lideradas pelo próprio presidente daRepública”, referindo-se à crise da covid. Segundo ele, isso “torna tudo mais difícil”.

O governador de São Paulo tem tentado se colocar como contraponto a Bolsonaro, cujas declarações recentes foram interpretadas como críticas à China, de quem o Brasil depende para produção de insumos de vacinas contra o novo coronavírus. Com esse cenário, o governo federal tem sido responsabilizado pelo atraso na liberação de insumos para os imunizantes.

Na 4ª (12.mai), Doria disse que conversou com o embaixador da China no Brasil e pediu a liberação de mais insumos para a produção das vacinas. Segundo o governador, o diplomata teria lamentado o que chamou de “declarações desastrosas” feitas por integrantes do governo federal sobre a China.

EMPATES: CIRO, MORO E MANDETTA

Bolsonaro fica embolado na margem de erro com os 3 pré-candidatos.

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PESQUISAS MAIS FREQUENTES

O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.

Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.

Fonte: Poder360

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