Secretários de Saúde rejeitam diretrizes de isolamento do ministro Teich

12.05.2020
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Para começar. Desde que assumiu o cargo em abril, uma das principais apostas do ministro da Saúde, Nelson Teich, era uma estratégia nacional de prevenção ao coronavírus. Nesta segunda-feira (11), foi enfim apresentada uma série de diretrizes de isolamento social pelo Ministério da Saúde: o documento divide avaliação de riscos, medidas de distanciamento social, entre outros instrumentos.

Segundo Teich, até sábado (9), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (CONASEMS) estavam de acordo com a estratégia de isolamento social do Ministério. Mas mudaram de ideia nesta segunda.

Se na última semana o ministro já havia pedido para não politizar o lockdown, agora ele deu uma discreta bronca: pediu para que se trabalhe sem interesse pessoal, pela coletividade. Confira na reportagem de Camila Abrão:

Quero entender as diretrizes de isolamento propostas pelo Ministério da Saúde e rejeitadas pelos secretários
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Infectados antes do Carnaval . Enquanto o Ministério da Saúde e as respectivas secretarias estaduais e municipais não se entendem, o número de infectados pela Covid-19 segue crescendo. Foram mais de 5 mil casos e quase 400 óbitos em 24 horas, veja os números. O surto no Brasil, diferente do que se pensava, pode ter começado antes do Carnaval. Segundo a Fiocruz, o coronavírus já circulava no país em janeiro . E agora, mais do que nunca, é preciso testar a população. Aproveite, portanto, para ver neste vídeo da Gazeta do Povo como funciona o teste rápido da Covid-19 em farmácias.

Vírus que rouba empregos. De Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana traz novos dados da secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Em comparação com abril de 2019, o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou 22,1%, fazendo com que a fila de espera pelo benefício supere 250 mil pessoas. Ao todo, governo federal já gastou R$ 62 bilhões com o combate ao coronavírus. O editor Fernando Jasper colocou “na ponta do lápis” quanto foi gasto em cada setor, do auxílio emergencial às despesas com saúde.

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Brasil isolado, países abertos. Editora de Mundo, Helen Mendes mostra uma lenta reabertura das economias que ocorre da Ásia aos EUA após o auge da pandemia em grande parte do mundo. É o caso do Uruguai, inclusive. Mas não por aqui. Apesar de ser a maior força econômica regional, o Brasil está isolado na América do Sul devido à ausência de quarentena rígida.

Sobre política. Em depoimento, Maurício Valeixo, demitido da chefia da Polícia Federal, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “queria alguém com mais afinidade”. Confira o que disseram os delegados da PF nos depoimentos do inquérito que envolve Bolsonaro e Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. Um grupo restrito poderá assistir ao vídeo de uma reunião ministerial em que supostamente o presidente ameaça Moro de demissão. Alexandre Garcia comenta a força de Moro como candidato e opositor. E Lúcio Vaz mostra para onde foram 2 milhões do cartão corporativo de Bolsonaro.

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Preços em queda. Em um país que passou boa parte da história recente preocupado com a inflação, seria um bom sina a queda de preços. O problema é que vivemos o primeiro indício de que o país pode viver um ciclo de “má deflação”, sintoma de uma doença grave na economia. Entenda no Editorial da Gazeta do Povo: A deflação e o coronavírus.

“Parte da inflação baixa que o Brasil vinha registrando até o início da pandemia já podia ser atribuída a uma causa negativa, pois o desemprego – o legado mais persistente da recessão deixada pelo petismo – se mantinha em níveis altíssimos, afetando a demanda. Agora, a “tempestade perfeita” causada pela pandemia levará o país a viver um fenômeno oposto àquele que costumava ser um dos maiores medos das famílias brasileiras.”
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Tenha uma ótima semana!

Giorgio Dal Molin
Editor da Gazeta do Povo

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