Rota Bioceânica fomentará o mercado internacional, o turismo e o progresso
A Rota Bioceânica é um projeto de infraestrutura de importância global que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico com vistas a viabilizar o comércio do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile com o mercado asiático e outros posicionados estrategicamente em relação ao Pacífico.
As comunidades afetadas esperam que com essa intervenção haja o desenvolvimento econômico, o aumento do comércio internacional e a promoção do turismo em todos os níveis. Apesar dessa visão otimista, na oportunidade serão debatidos os impactos socioculturais que poderão emergir com a sua utilização por grandes empreendedores, inclusive os transnacionais e se haverá o alinhamento do escopo dos projetos atuais e futuros com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
São 17 os ODS estabelecidas pelas Nações Unidas como meio de enfrentar os desafios globais até o ano de 2030, incluindo a erradicação da pobreza, a garantia de emprego, promoção da saúde e do bem-estar, educação de qualidade e o fortalecimento das parcerias globais, entre outros.
De acordo com o doutorando em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso e pesquisador externo do projeto UEMS na Rota Bioceânica, Sandro Omar, a criação do “corredor rodoviário” está diretamente relacionado em alguns dos ODS, como a Erradicação da Pobreza (ODS 1), a formatação de Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável (ODS 17) e a expansão da Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9).
“Espera-se que o mercado internacional e o turismo possam ser extremamente alavancados. A Rota Bioceânica reduz significativamente a distância e o tempo de transporte entre os mercados do Atlântico e do Pacífico, tornando-se uma alternativa atraente ao Canal do Panamá”, afirmou Sandro.
Para o pesquisador, o corredor irá oferecer alternativas para as atividades voltadas para o turismo sustentável. Além disso, a diversidade cultural e as paisagens naturais comporão uma extensa gama de atrativos, os quais, por meio da sua inata conectividade, tornarão os nossos destinos acessíveis.
“No entanto, é crucial que todas as formas de desenvolvimento projetados ao longo da Rota se deem de forma sustentável, como meio de proteger o meio ambiente e respeitar as comunidades locais, mantendo-lhes os equipamentos públicos acessíveis a aptos para uso”, concluiu.
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