Retorno do Parquímetro no centro de Campo Grande desagrada motoristas
O Projeto de Lei n. 11.295/24, aprovado com 21 votos durante sessão na Câmara de Vereadores de Campo Grande na última terça-feira (9), autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder a exploração do sistema de estacionamento rotativo pago nas ruas da cidade. Esta decisão, no entanto, foi recebida com descontentamento pela maioria da população, pois estacionar nas ruas do Centro da Capital ficará 60% mais caro.
No centro da cidade, onde o fluxo de veículos é significativo e encontrar estacionamento de rua é uma tarefa difícil, muitos discordam do valor estipulado em R$ 4,40 por hora. Marcos Roberto Dias, operador de máquinas de 51 anos, expressou sua insatisfação, considerando a cobrança injustificada pela falta de segurança oferecida. Carlos Jacobina Neto, funcionário público de 60 anos, compartilha essa visão, acrescentando que a população não terá benefícios significativos em troca do pagamento.
Juliely Spiller, cabeleireira de 28 anos, também se opõe à medida, argumentando que ela contribui para a estagnação do centro, afetando aqueles que não têm recursos para pagar pelo estacionamento.
Entretanto, há quem defenda a cobrança. Um motoentregador, por exemplo, acredita que a medida é justa, especialmente para os comerciantes, pois promove a rotatividade no comércio, evitando que os carros ocupem os espaços por longos períodos.
Campo Grande estava sem parquímetros desde março de 2022, quando a FlexPark deixou a concessão. O município anunciou neste mês o lançamento de uma licitação para contratar uma nova empresa para administrar a cobrança do estacionamento rotativo, com parte do valor cobrado destinada a melhorias em pontos e terminais de ônibus.
Com informações do Midiamax