“Realização das eleições em 2022 é inegociável”, diz Pacheco
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta 5ª feira no Twitter que “a realização de eleições periódicas, inclusive em 2022, não está em discussão”.
“Isso é inegociável. Elas irão acontecer, pois são a expressão mais pura da soberania do povo. Sem elas não há democracia e o país não admite retrocessos”, afirmou.
Pacheco comentou a suposta ameaça de ministro da Defesa, o general Walter Souza Braga Netto, sobre a não realização de eleições em 2022, caso não haja voto impresso auditável em urnas eletrônicas. A informação foi publicada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta 5ª feira (22.jul).
“Decisões sobre o sistema político-eleitoral, formas de financiamento de campanhas, voto eletrônico ou impresso, entre outros temas, cabem ao Congresso Nacional, a partir do debate próprio do processo legislativo e com respeito às divergências e à vontade da maioria”, disse o senador.
No Twitter, mais cedo, Lira afirmou que o brasileiro “vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano”.
Ao Poder360, o presidente da Câmara negou ter recebido “um duro recado” do ministro da Defesa. “Mentira. Absurdo. Você acha que tem cabimento algo assim? Acha que pode haver golpe. Isso não existe. E chama a atenção que essa história vem no dia seguinte ao anúncio do Ciro Nogueira indo para Casa Civil, com o governo caminhando para a política. Não existe essa história de golpe”, disse.
Braga Netto também disse, ao Poder360 na manhã desta 5ª feira (22.jul), que é “mentiroso” o relato sobre ter ameaçado bloquear as eleições de 2022 caso o Congresso não aprove o voto impresso auditável em urnas eletrônicas, “por meio de um importante interlocutor político”, como informou o jornal O Estado de S. Paulo.
“Eu não mando recados. Eu não tenho interlocutor. Isso é mentiroso”, disse Braga Netto ao jornal digital.
Em nota oficial (eis a íntegra – 148 KB), o ministro da Defesa negou que existam interlocutores em sua relação com os presidentes dos Poderes, mas não negou a ameaça.
“Em relação à matéria publicada em veículo de imprensa, no dia de hoje, que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores a Presidente de outro Poder, o Ministro da Defesa informa que não se comunica com os Presidentes dos Poderes, por meio de interlocutores”, diz.