Quadrilha de travestis é presa por roubo com maquininha de cartão em Campo Grande

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Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (18), quadrilha de travestis que forçava vítimas a transferir dinheiro em máquinas de cartões, em Campo Grande. O crime era cometido mediante violência, seja com clientes de programas sexuais ou não.

A ação ocorreu no bairro Aero Rancho e foi da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos, a DERF. A apuração  mostrou que o grupo abordava pessoas nas ruas e, por meio de ameaça, exigia que a vítima entregasse cartão bancário e assim faziam as transferências de dinheiro.

A partir do registro de ocorrência feito por vítimas, a polícia chegou ao CNPJ de um lava a jato, para onde o dinheiro era transferido. A empresa estava no nome de uma pessoa, identificada pelas iniciais W.A.M, 24 anos. O nome foi consultado em fontes abertas e verificou-se que tinha características masculinas e femininas e em uma rede social constava o nome social como ”M.M” ao lado do nome masculino.

Com a descoberta da primeira travesti, a polícia aprofundou a investigação e prendeu mais três suspeitas, A.N.S, 22 anos; O.B.A. e P.A.C., de 27 anos, todas do estado do Amazonas.

As criminosas confessaram os crimes e disseram que agiam da mesma maneira e já passaram por outros estados. Nove maquininhas de cartão de crédito e objetos identificados como produtos dos roubos foram apreendidos.

Máquinas apreendidas com travestis. (Foto: divulgação PCMS)
O detalhe da investigação é que as suspeitas disseram ter recebido treinamento de outra travesti, de Santa Catarina, sobre como praticar os roubos. Elas destacaram que recusavam pagamento de programa sexual em dinheiro para forçar o uso do cartão e roubar os valores.

A maior parte dos crimes era cometido na região da Vila Progresso, conhecido ponto de prostituição de travestis. Em fevereiro deste ano houve outra operação semelhante, onde duas travestis, também do Amazonas, foram presas pelo mesmo crime.

Alerta

A polícia destacou que a maioria das travestis presas portam o vírus HIV e confessaram fazer sexo  sem preservativos, mesmo sabendo que estavam contaminadas. Sendo assim, a polícia procura vítimas dessas criminosas, que podem ser responsabilizadas também por transmitir a doença.

A Polícia não descarta a possibilidade da existência outras vítimas e segue com as investigações para identificar a existência de outros membros do grupo.

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