Produtores de MS podem acessar mais de R$ 623,5 mi pelo FCO 2020
O Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), disponibilizou R$ 623.528.332,18, para que produtores rurais de pequeno, médio e grande porte possam investir em suas propriedades já considerando o novo Plano Safra 2020/21. Entre os atrativos, o FCO Rural se destaca pelas condições diferenciadas e juros abaixo das taxas do mercado.
Podem solicitar o crédito rural cooperativas, produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas e associações, cujos empreendimentos estejam localizados na região Centro-Oeste. Agricultores que se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão taxas de juros pré-fixadas entre 2,75% e 4% ao ano. Para pequenos (que estão fora do Pronaf) e médios a taxa de juros é de 4,98% e 5,38% a.a. respectivamente. Os demais terão juros de 5,78% ao ano.
Para o Vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Jorge Michelc, o FCO se tornou uma oportunidade aos agricultores. “São recursos consideráveis com juros mais adequados que outras linhas de crédito, que possibilitam o investimento da porteira para dentro. É a alternativa ideal para aqueles agricultores que estão com o caixa em dia, mas precisam avançar em questões sustentáveis ou na infraestrutura. O fundo possibilita inclusive melhorias na terra, ação fundamental para quem está se preparando para alcançar maiores produtividades”, esclarece Michelc.
O FCO Rural classifica seus tomadores (produtores rurais) conforme a renda bruta. Mini são os que movimentam até R$ 360 mil, pequenos são considerados os que estão na faixa de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões. O pequenos-médio, de acordo com o FCO, tem receita bruta entre R$ 4,8 milhões e R$ 16 milhões. Os que circulam mais de R$ 16 milhões e menos de R$ 90 milhões são considerados médios e acima de R$ 90 milhões, grandes.
Todos eles, independente de porte, podem acessar o crédito para projetos de conservação e proteção do meio ambiente, recuperação de áreas degradadas ou alteradas, recuperação de vegetação nativa e desenvolvimento de atividades sustentáveis. Também podem requerer o recurso para financiamento de projetos para inovação tecnológica nas propriedades rurais, ampliação, modernização, reforma e construção de novos armazéns, entre outros.
Em todo o Centro-Oeste foram liberados R$ 4 bilhões de recursos para o agro. E o período de financiamento do FCO Rural com taxas de juros pré-fixadas do novo Plano Safra começou em 01 de julho deste ano e se estende até 30 de junho de 2021. O financiamento pode ser adquirido também com taxas pós-fixadas, calculadas a partir de uma taxa fixa (%) a.a, juntamente com o Fator de Atualização Monetária (FAM). Mais informações sobre essa opção podem ser obtidas na própria operadora financeira escolhida pelo tomador.
Apesar da boa notícia, sempre há preocupação quanto a liberação dos recursos. André Dobashi, presidente da Aprosoja/MS, destaca que “O FCO é uma importante fonte de captação para o produtor de soja e milho. A preocupação está na liberação dos recursos que nem sempre ocorre nos prazos necessários ao produtor. Não raro, recebemos demandas de projetos que foram aprovados, mas os recursos ainda não foram liberados. Por isso, a Aprosoja/MS, assim como sua entidade nacional, tem trabalhado para que os recursos direcionados ao Centro-Oeste, levem em conta a determinação de recente alteração, garantindo mais recursos para o sistema cooperativo, grande parceiro do produtor rural no seu desenvolvimento regional.”
Em Mato Grosso do Sul o FCO Rural pode ser acessado via Banco do Brasil (BB), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e Sistema das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidárias (Cresol).
Fonte: Aprosoja MS