Previsão: Los Angeles Lakers (1°) X (4°) Houston Rockets
Confrontos da temporada regular
Lakers | vs. | Rockets |
1 | Geral | 2 |
124 | 18/01/2020 | 115 |
111 | 06/02/2020 | 121 |
97 | 06/08/2020 | 113 |
Datas do confronto
04/09: Lakers vs. Rockets – 22h (com transmissão da ESPN)
06/09: Lakers vs. Rockets – 21h30 (com transmissão da ESPN)
08/09: Rockets vs. Lakers – 22h
10/09: Rockets vs. Lakers – Horário a ser definido
12/09: Lakers vs. Rockets– Horário a ser definido*
14/09: Rockets vs. Lakers – Horário a ser definido*
16/09: Lakers vs. Rockets– Horário a ser definido*
Horários de Brasília
* Se necessário
Los Angeles Lakers (52-19)
O Lakers é um dos principais postulantes ao título do Oeste desde o começo dessa temporada, quando “disparou” na liderança da conferência para nunca ser sequer ameaçado na tabela. Apesar disso, é preciso admitir que o desempenho nos jogos classificatórios na “bolha” e a derrota na partida inaugural da série de quartas-de-final, contra o Blazers, levantaram algumas questões sobre o time. Mas tudo não passou de um susto, aparentemente.
Isso porque, dali em diante, as coisas mudaram. Os angelinos reencontraram a sua potente defesa, quarta melhor dos playoffs até o momento, e conseguiram superar a equipe de Portland nas quatro partidas seguintes graças a grandes atuações dos craques LeBron James (27.4 pontos, 10.2 rebotes e 10.2 assistências) e Anthony Davis (29.8 pontos e 9.4 rebotes). Ressalte-se que, no último jogo, o Blazers já não contava com Damian Lillard.
Para a segunda rodada, Frank Vogel ainda tem certas preocupações: Rajon Rondo precisa ser reinserido na rotação, o que vai reduzir o espaço de atletas como Dion Waiters e J.R. Smith, além de gerir a má fase do veterano Danny Green (34.8% de aproveitamento nos arremessos de longa distância em só 1.8 tentativas por jogo contra o Blazers). Fica a impressão de que, se a marcação já voltou aos melhores dias, o jogo ofensivo do Lakers ainda pode crescer em Orlando.
Houston Rockets
Quando trocou Chris Paul por Russell Westbrook, na última offseason, o Rockets desejava mudança após duas eliminações seguidas para o Golden State Warriors. Essa mudança foi ao extremo com a negociação de Clint Capela com a temporada em andamento, o que oficializou a formação sem pivôs e o super small ball do time comandado por Mike D’Antoni. Eles passaram a criar dificuldades aos adversários simplesmente por serem algo muito diferente da concorrência.
É verdade que, até chegarmos aqui, os texanos atravessaram uma temporada de altos e baixos – o que levaria à mudança radical. Westbrook foi de totalmente fora de ritmo para, talvez, sua melhor versão na carreira em janeiro desse ano. Vários coadjuvantes chegaram no meio da campanha e viveram também umas ou outras oscilações, como Robert Covington e Jeff Green – duas peças que se revelaram fundamentais para esse small ball.
O primeiro passo do Rockets nos playoffs foi “pesado” e repleto de significado: enfrentou o Thunder, ex-time de Westbrook e atual de Chris Paul, em uma épica batalha de sete partidas. Foi mais uma série de altos e baixos, em que o Rockets teve problemas para fechar jogos constantemente, mas acabou prevalecendo de forma emblemática: vencendo um jogo 7 equilibrado, decidido nos segundos finais, graças a um toco de James Harden, um defensor cada vez mais engajado.
Análise do confronto
Muita gente queria ver Lakers e Rockets nas semifinais do Oeste, pelos astros em quadra e o contraste de estilos entre as equipes. Se o time de Houston é símbolo de formações mais baixas e ágeis na NBA, com armadores como pontos focais do jogo, a equipe de Los Angeles preza o uso de jogadores altos com LeBron James armando as ações e Anthony Davis como uma referência ofensiva. Frank Vogel ainda costuma usar formações mais altas, com outro pivô ao lado de Davis.
Esse cenário traz uma série de perguntas e possibilidades. Será que o Lakers vai precisar usar Davis como único pivô em quadra, adicionando alas e armadores (como Rondo e Kyle Kuzma) para acompanhar a velocidade e força do perímetro do Rockets? Ou é Mike D’Antoni quem vai precisar buscar alternativas – “tirar da cartola”, na verdade, já que pivôs já não existem no elenco – para deixar o time em quadra mais alto e conter Davis no garrafão?
O Rockets possui bons marcadores para tentar “incomodar” LeBron, como Robert Covington, o que é algo que o Blazers não tinha na primeira rodada. Além disso, a defesa texana é adepta a trocas de marcação e lidar com mismatches, o que deve fazê-la mais desafiante para os angelinos. Aliás, no geral, esse é um coletivo mais perigoso do que Portland e registrou a melhor defesa entre todas as equipes da primeira rodada. É um teste para o ataque ainda não tão embalado angelino.
O Lakers, por sua vez, deverá repetir a estratégia de dobras e armadilhas usadas contra Damian Lillard na primeira rodada, para tentar tirar a bola das mãos de James Harden e Russell Westbrook. Trata-se de mais do que apenas colocar as posses em atletas menos criativos, mas também quebrar o ritmo da ofensiva do Rockets. A verdade é que os dois astros gostam de trabalhar com a bola, mas trabalham pouco para moverem-se e recebê-la no decorrer das posses.
Outro fator a ser pesado é a diferença de ritmo entre os times: o Lakers entrará em quase com uma semana de descanso em relação ao oponente, claro, mas o suposto cansado time de Houston vem com o ritmo de quadra e a intensidade competitiva de um sétimo jogo de playoffs, uma partida de vida ou morte, como embalo. Essa diferença entre a “pilha” das duas equipes pode equilibrar, particularmente, o início do confronto.
É possível vermos um efeito semelhante ao que aconteceu na série contra o Blazers, em que um relaxado Lakers não conseguiu segurar o ímpeto de um adversário que vinha de várias partidas decisivas e acostumado a jogar sem margem para erros? Sim. Uma vitória inicial do Rockets até pode dar um rumo inesperado para a série, mas ainda fica difícil imaginar que surpreendam um time com a qualidade, tamanho e capacidade defensiva dos favoritos angelinos.
Palpite: Lakers em cinco jogos.
Jumper Brasil