Polícia Civil prende suspeito de atacar STF com fogos de artifício
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, neste domingo (14), Renan da Silva Sena, acusado de ser um dos autores do ataque que lançou fogos de artifício contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e xingar o governador do DF, Ibaneis Rocha, na noite de sábado (13).
O homem foi detido por policiais à paisana no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Uma mulher que tentou impedir a ação dos policiais e danificou uma viatura também foi levada à DRCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos), localizada no (DPE) Departamento de Polícia Especializada, mesmo local onde Renan está preso.
Toffoli entrou com representação contra Renan da Silva Sena pelos ataques, inclusive por postagens em redes sociais, “bem como todos os demais participantes e financiadores, inclusive por eventual organização criminosa, os quais ficam desde logo representados, devendo-se ser adotadas as necessárias providências para a investigação e persecução penal”.
Os manifestantes divulgaram vídeos pelas redes sociais. Em um deles, se escuta a voz de um homem fazendo ameaças ao STF e, nominalmente, aos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Toffoli.
O ataque ao prédio do STF não é o primeiro feito por Renan da Silva Sena. Ele é o autor de agressões contra enfermeiros que participavam de uma manifestação em 1º de maio, na praça dos Três Poderes, em Brasília.
Sena foi identificado como funcionário do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Após o ataque a profissionais de saúde, a pasta anunciou que ele não fazia mais parte da equipe de prestadores de serviços terceirizados. O órgão informou que ele atuava como assistente técnico administrativo na Coordenação-Geral de Assuntos Socioeducativos.
No 1º de maio, enfermeiros e demais profissionais da saúde participavam de ato em homenagem aos trabalhadores da linha de frente no combate à covid-19 e destacava a importância do isolamento social. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que Sena hostiliza parte do grupo que participava do protesto.