Paralisação dos motoristas: população espera ônibus, mas ‘fica na mão’ sem transporte
Cerca de 1,5 mil motoristas de ônibus paralisaram os serviços e usuários ficaram “na mão” sem ter como ir para o trabalho ou outros compromissos.
A paralisação é por tempo indeterminado, ou seja, enquanto não houver negociação, não haverá ônibus.
Terminais amanheceram vazios e fechados. Veículos não saíram das garagens. Pontos de ônibus também amanheceram com poucas pessoas.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a greve foi anunciada nesta terça-feira (17). Grande parte da população tinha conhecimento que haveria paralisação nesta quarta-feira (18) e se organizou para solicitar corrida por aplicativo, táxi, carona ou até mesmo se programou para sair mais cedo de casa para chegar a tempo no trabalho, seja de bicicleta ou a pé.
Aproximadamente 120 mil usuários do transporte coletivo, que dependem da condução diariamente, são prejudicadas pela greve. Mais de três milhões de pessoas utilizam o transporte público por mês em Campo Grande.
A professora Camila Sório Siqueira, de 28 anos, sabia que haveria a paralisação, mas permaneceu no ponto de ônibus com a esperança que algum veículo aparecesse. Ela estava indo para autoescola.
Ela entende o motivo da paralisação. “Não pode falar que a greve não é justa, pois o que eles estão reivindicando já faz meses. Eu sou professora, era para receber o aumento e até agora não resolveu”, contou.
A autônoma, Margarida Candida, de 51 anos, estava indo trabalhar e teve que pedir corrida por aplicativo para pode chegar no serviço. Ela também sabia da greve pois seu marido é motorista de ônibus.
Greve
O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG) deflagrou, nesta terça-feira (17), greve no transporte público em Campo Grande, após reunião sem sucesso com representantes do Consórcio Guaicurus, empresa que opera o transporte coletivo em Campo Grande.
Com isso, motoristas de ônibus ‘cruzaram os braços’ e a Capital amanheceu sem transporte coletivo nesta quarta-feira (18).
Terminais amanheceram vazios e fechados. Veículos não saíram das garagens. Pontos de ônibus também amanheceram com poucas pessoas.
A categoria reinvindica por reajuste da tarifa do transporte público e reajuste salarial de 16%, mas o Consórcio Guaicurus ofereceu apenas 6,5%, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O último reajuste ocorreu em novembro de 2021.
O Consórcio Guaicurus entrou na justiça contra a greve desta quarta-feira (18), para tentar barrar o protesto e brigar a categoria a trabalhar normalmente. Mas, a Justiça do Trabalho manteve o movimento como legal e autorizou a greve.
A última greve ocorreu em 21 de junho de 2022, a qual pegou toda a população de surpresa. Ninguém sabia que não haveria circulação de ônibus naquele dia.
FONTE CORREIO DO ESTADO