Para especialista, teste da Aids deveria ser compulsório em população de MS

No dia 1º de dezembro foi celebrado o Dia Internacional da Luta contra a Aids tem como objetivo conscientizar a população sobre uma a doença infecto-contagiosa causada pelo vírus  e que mais mata pessoas no mundo. Na avaliação de órgão de Saúde de Campo Grande, o medo de testar positivo para o vírus ainda é a maior barreira para que seja detectado.

O idealizado da Fundação CASA (Centro de Apoio Social e Acompanhamento às Pessoas Vivendo com e casos de ) disse ao Jornal Midiamax que a descoberta de pessoas com o vírus, contenção das infecções e andamento dos tratamentos, poderia ser mais célere se o teste de fosse compulsório para toda a população de MS.

“Existe uma resistência para realização do teste, que deveria ser compulsório. É um teste de custo baixo, acessível, e  que poderia ser de forma compulsória para todos. Isso atingiria 90% da população”, analisou Almir Guimarães, que está a frente da instituição há quase 10 anos.

A Fundação Casa atende, em média, 50 PV (Pessoa Vivendo com o ) por dia, equivalente há 1,7 mil por mês. A instituição tem como objeto proporcionar às pessoas vivendo com o conhecimento sobre a sorologia e como entenderem de o é somente uma minúscula parte navegando em seu corpo.

Com importante trabalho na sociedade, a fundação precisou adequar os seus atendimentos devido à pandemia do coronavírus. “No momento devido a pandemia, os trabalhos extras muros estão ativos, mas internamente estão reduzidos devido a suspensão das atividades da instituição, porque todos são pacientes crônicos”, explicou Almir.

Em 2020, Mato Grosso do Sul registrou 591 casos novos de e 267 casos novos de , número inferior ao de 2019, quando foram 962 casos novos de  e 422 casos de . Para Almir, o declínio nos casos se deve a uma contenção e busca para identificar e tratar os PV.

“A instituição acredita que essa redução nos níveis de mapeamento, se deve pelo fato das pessoas estarem em tratamento, em situação ‘não detectável’ para o , e isso ajuda que as pessoas não transmitam o vírus. E com a pulverização que aconteceu em todo MS, mais pessoas tiveram acesso aos testes. Existe uma busca ativa pelos trabalhos das instituições”, disse.

Medo do ‘positivo’

Em , médico especialista no assunto avalia que o medo de testar positivo para o vírus é a maior barreira para iniciar o tratamento e consequentemente, salvar vidas.

O médico Roberto Paulo Bras Júnior, de 33 anos, trabalha no CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) de Campo Grande. Ele comenta que os testes e tratamento acontecem de forma gratuita, é seguro e sigiloso. Apesar disso, muitas pessoas preferem não realizar o teste por medo do resultado.

“Às vezes preferem não saber por medo. Aí essa pessoa vai adoecer e consequentemente morre, pois, o sistema imunológico fica fraco. Por isso é importante o diagnóstico. Se a pessoa não se trata, a doença viral se aproveita do sistema imunológico fraco”, disse o médico ao Jornal Midiamax.

O médico explica que o  (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da Aids, enquanto a Aids, é o estágio avançado da infecção pelo .

Com atendimento “portas abertas”, da qual não é necessário agendar, o morador pode ir ao CTA a quando desejar e á, receberá todo o suporte. Primeiramente, é necessário realizar um cadastro na recepção, depois disso, passa por um aconselhamento e depois realiza o teste. O resultado demora até 20 minutos para ficar pronto e depois disso, o paciente passa por um pós-aconselhamento, independente do resultado.

“Se deu positivo, ele precisará passar por acompanhamento, ele precisará passar por uma consulta medica. Quando positivo, começa o tratamento de 3 em 3 meses. Se ele tomou o medicamento corretamente em um período de 6 meses, ele pode ser considerado indetectável”, explicou o médico.

Se tornar um PV (Pessoa Vivendo com o ) indetectável, significa que o organismo possui menos de 50 cópias virais. A partir daí a pessoa pode não transmitir o vírus e pode ter filhos biológicos, pois o bebê nascerá saudável, inclusive.

O CTA realiza em média mil consultas e testes por mês e fica localizado na Rua Anhanduí, 353 , na Vila Carvalho.

Casos em MS

Em , no ano 2019, identificou-se 962 casos novos de  e 422 casos de , totalizando 1.384 PV (Pessoas Vivendo com ). Destas, 957 (69%) eram do sexo masculino e 427 (31%) do sexo feminino. A série histórica da taxa de detecção por 100.000 hab., de 2008 a 2018, mostra um pequeno declínio, de 23,5 para 22,6 por 100.000 hab. (0,3 casos por 100.000 hab.).

Em 2020, registrou-se um declínio das notificações, foram 591 casos novos de  e 267 casos novos de , totalizando 858 PV (dados parciais até 27/11/2020 – Sinan), sendo 602 homens (70%) e 253 mulheres (30%). E quem fornece tratamento para todas as PV é o governo federal.

fonte: Midiamax

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