Palestra virtual aborda aspectos da recepção no encontro desta quarta-feira

Ricardo Moura foi o palestrante desta quarta-feira (Divulgação)

Ricardo Moura foi o palestrante desta quarta-feira
(Divulgação)

Do Rio de Janeiro (RJ) – 24.06.2020

A série de encontros virtuais promovida pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) chegou ao décimo segundo episódio na noite desta quarta-feira (24.06). O projeto, batizado de “Academia do Voleibol”, visa promover conhecimento enquanto as competições estão paralisadas em razão da pandemia da COVID-19. Desta vez, o tema em questão foi “O papel de cada jogador e a individualização da recepção”, trabalho desenvolvido pelos treinadores Ricardos Moura, Marcus Antônio Bichini Júnior e Robson Luiz Rodrigues.

A palestra envolveu 90 profissionais do voleibol de todo o país, que participaram do encontro por meio de convites feitos pelas respectivas Federações Estaduais. O trabalho exibido nesta quarta-feira foi elaborado para o Curso de Treinadores Nível IV, realizado em janeiro de 2020, em Sorocaba (SP).

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Na introdução do assunto, Ricardo Moura, que ficou com a missão de apresentar o material, destacou a velocidade como fator determinante em uma partida de voleibol e elencou os pilares de uma boa recepção: a visualização, a preparação, a tomada de decisão, deslocamento e entrega. O treinador se aprofundou nos aspectos que resultam em um passe eficiente.

“A recepção pode ditar o ritmo do jogo de uma equipe e o atleta tem que possuir um conjunto de habilidades para realizar bem o movimento. O foco de atenção tem que ser rápido, passando do sacador para a bola. São muitas decisões em um pequeno espaço de tempo que são determinantes”, comentou Ricardo, que hoje trabalha com categorias de base no voleibol em Mato Grosso.

Outro ponto abortado foi o papel de cada jogador no ato da recepção. No trabalho apresentado, Ricardo e os companheiros separaram os atletas como principais passadores, onde se encaixam os líberos e os ponteiros; e os passadores auxiliares, que são os centrais e os opostos, apesar de menos frequentes, podem ser acionados. A explanação também abordou as ações de oposição (posição e deslocamento do sacador, os espaços vazios entre outras), e as de cooperação (posição do levantador e jogada marcada).

“O nosso trabalho tem a intenção de dar destaque à importância da recepção e entender com mais profundidade as diferentes situações que um jogador enfrenta em um jogo. Também conseguimos mostrar algumas diferenças entre o voleibol masculino, que tem um serviço mais forçado, e que gera mais passes de toque e o apoio do oposto na recepção. No feminino é mais comum o saque curto, que força a linha de defesa a ter maior atenção”, concluiu Ricardo Moura.

Na parte final do encontro, Ricardo respondeu perguntas dos participantes e debateu sobre os pontos abordados durante a apresentação. O presidente da Comissão Nacional de Treinadores (Conat), Carlos Rios, encerrou agradecendo a participação dos presentes e ressaltou a importância da iniciativa dos seminários virtuais.

“Este momento que estamos construindo junto é muito importante para o desenvolvimento do nosso voleibol. A troca de experiências, o compartilhamento de conhecimento, é o que nos deixa satisfeitos. É algo que nos engrandece”, concluiu Carlos Rios.

Na sequência da quinta semana de seminários virtuais o técnico da seleção brasileira masculina sub-18, Fabiano Ribeiro, o Magoo, falará sobre as necessidades técnicas da base, nesta quinta-feira (25.06), às 20h. Na sexta-feira (27.06), será a vez do episódio “A virada histórica, sétimo da série “Vôlei em Casa”, no YouTube da CBV, com a participação de Natália, Tandara, Adenízia e Fabi, também às 20h.

A ‘Academia do Voleibol’ já proporcionou outras onze reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Comissão Nacional de Treinadores (Conat). O conteúdo posteriormente também fica disponibilizado no YouTube da CBV. Confira abaixo a lista de apresentações.

Confira abaixo as palestras já realizadas:
“Gestão e preparação de equipe”, com o técnico da seleção brasileira masculina, Renan.

“Detecção de talentos e iniciação da modalidade”, com o técnico da seleção de base masculina de vôlei de praia Robson Xavier.

“Paixão e estratégias de coping de atletas da modalidade no contexto nacional”, com Nayara Fernandes, doutoranda de Educação Física UEM/UEL, Lucas Palermo, auxiliar técnico do time Ágatha/Duda, Fernando Mari, preparador físico da AMVP, de Maringá (PR), e Robson Xavier, técnico das duplas da AMVP.

“Desafios da nova geração”, com o técnico da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães.

“Preparação física em todos os níveis de treinamento”, com o preparador físico medalhista olímpico Oliveira Neto.

“Sistemas de ataque 5:1”, com os professores Carlos Henrique Ribeiro Moreira, Fabiano Girotto Assis e Fernando Mendes Rabelo.

“Planejamento e preparação técnica da seleção sub-21”, com o técnico Giovane Gávio.

“A importância do esporte na escola”, com o gerente executivo de desenvolvimento esportivo do COB, Kenji Sato.

“Instituicionalização do vôlei de praia”, com os treinadores Giuliano Sucupira, Leopoldo Sindice, Leandro Garrot e Joanildo Costa Júnior.

“Análise e desafios, propostas para a base”, com o técnico Hairton Cabral.

“Gestão e preparação de equipes durante um ciclo olímpico”, com o técnico Leandro Brachola, campeão da Rio-2016 com Alison/Bruno Schmidt, e classificado para Tóquio-2021 com Alison/Álvaro Filho.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro

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