Novo líder do PCC foi monitorado pela PF assim que pisou em MS

Preso na operação “Escritório do Crime”, Anderson Meneses de Paula, o Tuca, foi monitorado por policiais federais assim que pisou em Mato Grosso do Sul para assumir a liderança da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira entre Brasil e Paraguai. Ele é suspeito de ter participado do ataque a agências bancárias que levou terror à Araçatuba, no interior de São Paulo. A ação foi na madrugada de 29 para 30 de agosto.

Na sequência, no começo de setembro, Tuca entrou no radar da Polícia Federal. De acordo com o superintendente da PF, Chang Fan, os passos dele passaram a ser vigiados desde que pisou no Estado.

A operação foi emergencial, com equipes de MS e Brasília, incluindo grupo especial da Polícia Federal. O plano inicial era deflagrar a ofensiva contra o PCC no último sábado, dia 2. Mas um lance, classificado pelo superintendente como “conveniência e oportunidade”, adiou a operação para o domingo.

Na ocasião, os quatro alvos da operação se reuniram na mesma casa, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. Ao todo, foram oito presos, sendo quatros alvos que tinha mandado de prisão temporária (válida por 30 dias), e outros quatros pegos em flagrante. O imóvel tinha até máquina de contar cédulas de dinheiro.

Fontes da polícia paraguaia afirmam que Anderson atuava na linha entre as duas cidades-gêmeas como “cabeça” do novo grupo “Justiceiros da Fronteira”, mas ainda sem o rótulo de líder do PCC. No fim semana em que foi preso, ele estaria se preparando para assumir o “cargo” de forma oficial.

Policial em casa do PCC em MS, onde foi apreendida até máquina de contar dinheiro. (Foto: Divulgação/PF)

Conforme o superintendente, a ligação entre Anderson e o assalto que sitiou Araçatuba ainda está em investigação. De forma sucinta, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (dia 8), o delegado informou que entre os oito presos há investigados pelo crime no interior de São Paulo.

Ontem, Rogério Meneses de Paula, irmão de Anderson, foi morto durante operação da PM (Polícia Militar) na zona Sul de São Paulo. Ele também era suspeito de integrar a quadrilha que levou pânico à cidade de Araçatuba.

De acordo com o colunista Josmar Jozino, os policiais militares afirmaram que Rogério morreu a tiros em um confronto, num bunker da facção. Foram apreendidos carregadores de diversos tipos de armas, granadas, munição de metralhadora calibre 50, fuzis calibres 7,62 e 5,56, pistola calibre 40, coletes à prova de bala e uniformes falsos da Polícia Civil. (CAMPO GRANDE NEWS)

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