Mercado de leite com tendência de estabilidade para abril

A base produtiva de leite, captação, processamento e distribuição seguem normais, segundo o zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima. Entretanto, o que preocupa é a demanda devido ao fechamento temporário da cadeia de foodservice, que absorvia 30% da produção nacional de queijos. É justamente a incerteza em relação à demanda que deve dar tendência de estabilidade nos preços pagos ao produtor em abril, conforme ele explica.

Segundo Lima, em pesquisa da Scot Coinsultoria com laticínios, 54% informaram manter os preços pagos ao produtor, 14% manifestaram possível baixa nos valores e 32% prevêem leve alta.

Por essa quebra na demanda na cadeia de foodserviçe, as regiões produtoras de queijos podem perder parte da sustentação nos preços, entretanto, regiões norte, centro-oeste e sudeste devem ter firmeza no mercado em abril.

Ele explica que no último pagamento feito ao produtor, em março, houve um aumento de 0,9% em relação a fevereiro, e a média de valor baseado em 18 estados pesquisados pela empresa dicou em torno de R$ 1,30/litro, valor 3,5% superior ao mesmo mês no ano passado.

“A gente vê o leite longa vida no acumulado do mês subindo 9,5% no atacado e 5,9% no varejo, mas os repasses ao produtor tinham sido feito com menor intensidade”, disse

De acordo com o zootecnista, o Brasil está em período sazonal de entressafra de leite, o que reduziu a captação em 5,7% em fevereiro, em relação a janeiro, e recuo de 2,7% em março, em relação a fevereiro. Custos de produção elevados e a estiagem na região sul do país também contribuíram para a redução.

Com a queda abrupta na demanda por queijos e outros produtos lácteos com menor tempo de prateleira, os laticínios que fabricam estes produtos acabaram ofertando mais leite spot.

Sobre a questão dos custos de produção, Lima explica que há uma variação na relação custo X preços pagos ao produtor de estado para estado, mas em geral, a margem do produtor segue mais estreita, já que houve alta de 3,2% nos custos em março em relação a fevereiro. Em comparação com o memso mês no ano passado, o salto é de 12,9%.

“A tendência é de alta nos custos, e os pecuaristas precisam ter estratégias na hora de comprar os insumos”, explicou.

Fonte: Notícias Agrícolas

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