Máscaras caseiras: 11 erros comuns que favorecem o coronavírus

As máscaras faciais podem ajudam a evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), como reconhece o Ministério da Saúde. Só que elas precisam ser bem utilizadas para que a proteção realmente aconteça. Em carta recentemente publicada pelo periódico British Medical Journal (BMJ), epidemiologistas do University College London, no Reino Unido, alertam para possíveis efeitos colaterais do uso inadequado do acessório.

Entre as principais “reações adversas” está a sensação de falsa segurança. É aquele sujeito que, ao vestir o item, acha que está completamente protegido e se descuida de outras medidas importantes de prevenção, como a lavagem constante das mãos.

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Toques frequentes no rosto e nas máscaras e a proximidade com outras pessoas para escutar melhor uma conversa também foram ciladas destacadas pelos autores.

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Esses problemas, como o texto explica, podem comprometer uma das principais estratégias empregadas na contenção da pandemia de Covid-19.

Pensando nisso, listamos 11 erros corriqueiros no uso de máscaras. E, claro, ensinamos a corrigi-los.

1) Tocar ou coçar o rosto enquanto está com a máscara

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Está aí um dos deslizes mais comuns. “Naturalmente, já temos o impulso de tocar no rosto muitas vezes ao dia”, explica Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz, em São Paulo.

O uso da máscara deveria ajudar a mudar esse hábito, mas não é tão simples assim. Quem nunca se pegou encostando na testa ou na sobrancelha enquanto estava de máscara? O problema é que o vírus pode estar na mão e ganhar, com a cutucadinha inocente, uma carona até o rosto.

Além disso, toques na máscara em si podem contaminar as

mãos. Assunto para o próximo item.

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var as mãos antes

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Convenhamos que usar esse apetrecho não é coisa mais confortável do mundo. O ideal é evitar qualquer contato, porém, se precisar ajeitá-lo, não esqueça de lavar as mãos antes com água e sabão ou álcool em gel 70%. E busque encostar sempre na parte interna, porque o risco de contaminação ali é menor.

Se a higiene for impossível no momento, procure acertar o posicionamento da máscara tocando apenas nos elásticos. O mesmo vale para tirá-la.

3) Colocar a máscara no queixo

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

“Parece que há um efeito psicológico nas pessoas, que acham que estão protegidas quando usam a máscara nessa posição. Mas isso está errado”, alerta Raquel. Ora, o

pescoço ou as roupas podem estar contaminados. Se ela depois for voltar para o rosto, já viu…

Caso precise tirá-la por poucos instantes para tomar água, por exemplo, é mais seguro deixá-la pendurada em uma das orelhas, na lateral do rosto.

Atenção: e não é para remover a máscara na hora de conversar! Quando conversamos, expelimos gotículas de saliva que podem estar infectadas. Se estiver difícil de se fazer entender, fale mais alto — sem se aproximar muito do interlocutor.

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4) Deixar os óculos embaçados

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

É um sinal clássico de que ela não está bem acomodada ou tem um tamanho inadequado. Se os óculos estão embaçando, é porque muito ar está escapando pela parte de cima da máscara — o que favoreceria contaminações.

Outro ponto a respeito do escape de ar, mencionado no artigo do BMJ, é que ele gera um impulso de tocar nos olhos. Fique atento.

Algumas máscaras caseiras possuem uma espécie de arame ou estrutura que facilita o encaixe no nariz.

5) Adquirir máscaras grandes ou pequenas demais

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Para que seja eficaz, ela precisa ficar bem presa ao rosto, sem escapes nas laterais. O Ministério da Saúde recomenda um tamanho padrão de 21x34cm para os adultos.

E para crianças, que tendem a mexer mais na máscara? “É necessário medir o rosto na altura do nariz e no queixo”, orienta Raquel.

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6) Ficar muito tempo com a mesma máscara

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Elas devem ser trocadas a cada duas horas ou sempre que estiverem úmidas. Pessoas com nariz entupido ou que falaram bastante tendem a deixar o equipamento molhado rapidamente.

O texto publicado pelos britânicos destaca que, no ambiente umedecido, o Sars-CoV-2 poderia permanecer ativo por mais tempo. Logo, se a pessoa estiver carregando o novo coronavírus no organismo, entra em um ciclo de expelir e inalar o vírus, o que levaria a um aumento de sua carga viral — fator que influenciaria na progressão da doença.

Mais importante do que isso, um tecido umedecido perde parte de sua capacidade de bloquear agentes infecciosos. Para se livrar de riscos desnecessários, faça as contas de quantas máscaras precisa levar ao sair de casa.

7) Guardar a máscara suja na bolsa ou no bolso

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Ora, caso o Sars-CoV-2 esteja de fato ali, irá se espalhar para outras superfícies e objetos. “O certo é sair de casa com dois saquinhos, um para as limpas e outro para as sujas”, recomenda Raquel.

8) Fazer um X com os elásticos

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

É comum encontrar máscaras presas com os elásticos cruzados, formando um X na cabeça. Nessa posição, o tecido dobra, o que gera uma abertura na lateral do rosto por onde o coronavírus pode escapar.

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Se o elástico estiver largo, melhor dar um nozinho. Ou buscar uma nova máscara.

9) Usar bandanas ou cachecol como máscara

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Não há comprovação de que os acessórios ofereçam alguma proteção contra o novo coronavírus. O cachecol tende a ficar largo, abrindo espaço para a entrada de ar, assim como a bandana, com as pontas penduradas embaixo do queixo.

10) Deixar o nariz fora da máscara

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

Se o nariz é uma das principais portas de entrada do Sars-CoV-2 no organismo, para quê deixá-lo de fora? O tecido deve estar bem ajustado no início da cavidade nasal, mais próximo dos olhos — na pontinha do nariz, a proteção também fica prejudicada.

11) Compartilhar máscaras

© Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital –

O Ministério da Saúde reforça que elas são de uso individual. Mesmo sem sintomas, alguém pode estar com o coronavírus no corpo. Se ele dividir uma máscara com você, o risco de infecção cresce enormemente.

 

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