Marta Suplicy aceita ser vice de Boulos para Prefeitura de São Paulo e deixa secretaria
Marta deixou cargo para disputar eleição | Créditos: EDUARDO ENOMOTO/R7
Durante reunião nesta terça-feira (9), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e a então secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy (sem partido), decidiram, “em comum acordo”, segundo nota da administração municipal, que ela deixaria o cargo na prefeitura. A ex-petista aceitou, a convite de Lula, ser candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).
“O prefeito Ricardo Nunes chamou nesta terça-feira, dia 9, Marta Suplicy na sede da Prefeitura para esclarecer as informações veiculadas pela imprensa. Ficou decidido, em comum acordo, que ela deixa as suas funções na Secretaria Municipal de Relações Internacionais”, diz o texto.
Na manhã dessa segunda-feira (8), Marta Suplicy se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) no Palácio do Planalto para negociar o convite para a chapa de Boulos. Por meio de uma rede social, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, confirmou que a ex-prefeita de São Paulo aceitou o convite. “Nossa Chapa: Marta Suplicy aceita convite e será candidata a vice do Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo”, afirmou.
Disputa eleitoral
De acordo com levantamento feito pelo Paraná Pesquisas e divulgado no final do ano passado, Nunes encostou em Boulos na disputa pela prefeitura da maior cidade do país. Nos três cenários estimulados (em que os nomes dos candidatos são apresentados ao eleitor), os dois aparecem empatados tecnicamente.
Como mostrou o R7, ainda em 2023, Lula deu largada à campanha eleitoral das eleições de 2024, e o PT estuda lançar pré-candidatos em ao menos 13 capitais do Brasil. Até agora, estão definidas candidaturas para Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Maceió (AL), Natal (RN) e Teresina (PI).
Integrantes do partido e o próprio presidente avaliam que a disputa deste ano será polarizada, mais uma vez, entre apoiados pelo atual mandatário e os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além disso, o PT não deve ter candidatos próprios a cabeça de chapa nas duas maiores cidades do país — São Paulo e Rio de Janeiro. No caso da capital paulista, Lula atuará como cabo eleitoral de Guilherme Boulos, do PSOL. O primeiro evento dos dois juntos no mesmo palanque ocorreu durante a entrega de uma obra habitacional em 16 de dezembro.
No Rio de Janeiro, o partido estuda apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PSD) e mira a vaga de vice. O mesmo quadro deve se repetir no Recife, com João Campos (PSB). O lugar de vice também é cobiçado pelos petistas.