Marquinhos celebra 3,8 mil recuperados da covid-19 e minimiza ocupação de leitos

Com 6.420 casos confirmados e 75 mortes por covid-19 em Campo Grande, conforme painel da SES (Secretaria Estadual de Saúde), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) preferiu celebrar os 3.823 recuperados da doença na Capital em entrevista na manhã de hoje (21), durante entrega de dez novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na Santa Casa.

Marquinhos garantiu que Campo Grande está “bem gerenciada” pelos secretários municipal e estadual de Saúde, respectivamente José Mauro Filho e Geraldo Resende, também presentes na entrega das estruturas.

Acontece que não se reconhece o trabalho deles. Sua cidade [Campo Grande] tem o maior número de recuperados do Brasil. Recebemos pacientes de outros 34 municípios, de outros estados por ordem judicial, mesmo assim 25% dos leitos estão desocupados”, disse o prefeito, que não citou a fonte da informação sobre o número de pessoas curadas da covid-19 à reportagem.

Conforme boletim da SES de ontem, a macrorregião de Campo Grande tem 84% dos leitos públicos de UTI ocupados – cerca de metade deles por pacientes com novo coronavírus.“Todos os dias nós monitoramos e, a partir do momento em que chegamos a 85% de ocupação, acende uma luz laranja. Quando acende, seguimos um protocolo de segurança orientado pela OMS [Organização Mundial de Saúde] e ministério da Saúde, um desses passos é o aumento de leitos”, continuou.

Com as unidades hospitalares, públicas e privadas, perto de um colapso, a administração pública corre para instalar novos leitos e abrir vagas.

Ontem, cinco camas intensivas foram inauguradas no Hospital Adventista do Pênfigo. Além dos dez leitos na Santa Casa, o Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) vai ganhar outros dez. Referência no atendimento a casos de covid-19, o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) terá mais 18 unidades.

“Isso será suficiente? Não, se não atuarmos na outra ponta, que é fazer o monitoramento dos casos positivos. Precisamos impedir o avanço da doença ou certamente a montagem de leitos não será suficiente, e isso é responsabilidade do município”, alertou o titular da SES, Geraldo Resende.

Isolamento social – O presidente da Santa Casa, Heber Xavier, afirmou que os leitos entregues hoje ainda estão desocupados e serão usados conforme a demanda da Central Estadual de Regulação.

O administrador lamentou a baixa adesão às medidas não farmacológicas de enfrentamento à covid-19, como isolamento social, o que tem provocado salto na ocupação dos leitos da casa de saúde.

“A Santa Casa é a retaguarda dos hospitais de Campo Grande e hoje estamos com 95% de ocupação no geral. Tivemos um aumento de 30% no número de acidentados nos três últimos finais de semana”, descreveu.

Marquinhos Trad, por sua vez, destacou o decreto que barra funcionamento de atividades não essenciais durante os fins de semana. Neste primeiro, em média menos da metade (46%) da população da Capital ficou em casa, segundo monitoramento da startup InLoco.

(As informações são do Campo Grande News)

Foto: (Henrique Kawaminami)

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