Maioria do STF decide torna Trutis como réu por fingir ser vítima de ataque

Foto de Toyota Corolla crivado de balas foi publicada por Trutis nas redes sociais para divulgar ataque. (Foto: Reprodução das redes sociais)

Foto de Toyota Corolla crivado de balas foi publicada por Trutis nas redes sociais para divulgar ataque. (Foto: Reprodução das redes sociais)

Desmascarado – Rastreador do carro, câmeras espalhadas pela BR-060, perícia e exaustiva investigação levaram a Polícia Federal a descobrir, contudo, que a suposta emboscada era uma farsa ou, como classificaram os investigadores, uma “tragicomédia com dois atores”: o deputado e seu motorista, Ciro Fidélis. O assessor sustentou a narrativa do chefe ao longo do inquérito policial.

A perícia identificou disparos de pistola Glock 9 mm de fora para dentro do Corolla e disparos de pistola Taurus de dentro para fora do carro. Para a PF, os tiros nas duas direções serviram para justificar a versão do deputado, de que ele revidou ao ataque e por isso, sobreviveu. Mas, de acordo com análise técnica, seria impossível Trutis sair ileso do atentado.

O deputado e Fidélis foram alvos, em 12 de novembro de 2020, da Operação Tracker, que não por acaso significa rastreador em inglês. A PF estava atrás de mais provas para concluir as investigações. O parlamentar acabou preso com armas mantidas em casa sem registro em seu nome. Foi liberado no mesmo dia.

Mas antes de novembro, a equipe da PF já havia descoberto vários detalhes do ocorrido. A PF refez os passos de Loester, afinal ele deveria estar sendo monitorado por quem tinha a intenção de matá-lo ou feri-lo.

O Corolla, alugado com recursos do gabinete do parlamentar, só chegou a Campo Grande um dia antes do atentado. Além de filmagens analisadas, policiais estudaram os dados do GPS do veículo e constaram que o carro não circulou somente pela BR-060, na saída para Sidrolândia, onde teria acontecido a abordagem, mas entrou em estradas vicinais.

Numa das estradas, o carro ficou para “por exatos 40 segundos” também registraram os investigadores, “tempo suficiente para descer do veículo, efetuar vários disparos de arma de fogo e retornar para dentro do veículo”. Foi neste trecho de terra que a PF encontrou jogados estojos de munição 9 milímetros.

Outro lado – A apuração é rica em detalhes, mas Trutis sempre alegou ser vítima de complô “da esquerda” para “assassinar sua reputação”. Por duas vezes, a defesa do parlamentar tentou “trancar” o inquérito, sob o argumento de que as investigações estavam sendo conduzidas de forma irregular e que Trutis era vítima de “descarado abuso de autoridade”, mas os dois pedidos feitos ao Supremo foram negados.

 

Quando foi denunciado, o parlamentar disse ser vítima de “um refinado conluio de autoridades locais, que induziram o PGR e a ministra a erro” e nesta segunda-feira (15), ainda não se manifestou sobre o assunto. (CAMPO GRANDE NEWS)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.