Justiça encontra R$ 470 mil em gastos não declarados na campanha de Contar
Capitão Renan Contar na cabine de votação durante as eleições do ano passado – Foto: Gerson Oliveira
A Justiça Eleitoral determinou a realização de diligências nas contas da candidatura do Capitão Renan Contar (PRTB) ao governo de Mato Grosso do Sul depois de encontrar em torno de R$ 470 mil não declarados na campanha. Há inconsistências na prestação de contas final da candidatura derrotada ao governo no segundo turno de 2022.
Gastos não informados ao Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE) ou informados com valores a menos motivaram a determinação das diligências pele Tribunal Regional Eleitoral.
O julgamento das contas de Contar pela Justiça Eleitoral é o mais atrasado entre todos os candidatos que concorreram no pleito do ano passado.
Entre as inconsistências encontradas estão notas fiscais eletrônicas com serviços de internet não informadas à Justiça, que totalizam R$ 403,3 mil.
Durante a campanha, o partido Cidadania denunciou a possível prática de caixa 2 pela campanha de Contar, ao não declarar receitas como, por exemplo, o uso do terreno que serviu de comitê para a campanha.
Essa e outras inconsistências ainda ameaçam a aprovação das contas da campanha de Contar.
Caso Capitão Contar tivesse sido eleito, sua situação poderia estar ainda mais complicada, até mesmo com o risco de ter seu diploma (e possível mandato) cassado.
Como não foi eleito, se tiver suas contas reprovadas, o candidato não poderá obter a certidão de quitação eleitoral, o que, na prática, pode impedir que ele se candidate novamente.
A campanha de Capitão Contar declarou receitas de R$ 2.456.990,26 e despesas de R$ 2.434.490,26. A maioria dos recursos veio de doações, já que o PRTB usa uma cota muito pequena do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário.
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