Justiça acata pedido e empresa tem 24h para entregar 30 mil máscaras à Capital
Decisão da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos atendeu pedido da prefeitura e exigiu que Fábio Equipamentos e Suprimentos de Informática forneça 30 mil máscaras, em cumprimento a contrato firmado. A empresa, no entanto, alega que já acertou o envio dos equipamentos com a Sesau (Secrataria Municipal de Saúde) e informou este andamento à Justiça.
O contrato global é de 150,7 mil máscaras N95 da marca 3M, totalizando R$ 465.856,64, conforme licitação realizada em 2020.
A ação com tutela antecipada foi protocolada no dia 19 de julho pela prefeitura de Campo Grande, exigindo a entrega de parte do acordo, ou seja, 30 mil máscaras empenhadas em quatro notas.
Na inicial, o Executivo informou que a empresa contestou o valor acordado depois de ser notificada, no dia 7 de abril. A alegação é que precisava realinhar os preços por conta do aumento dos valores da matéria-prima.
A empresa, então, segundo a prefeitura, pediu a anulação das notas de empenho, o que foi negado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Por isso, entrou com ação, exigindo a entrega do item em prazo de 24h.
Ontem, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva deferiu o pedido de tutela de urgência antecipada para este fornecimento, citando a empresa com urgência.
Menos de uma hora depois, a assessoria jurídica da empresa se manifestou na ação, apresentando as alegações.
No documento, relata que, no momento do pregão eletrônico, em 2020, a empresa tinha em estoque o material solicitado. Porém, seis meses depois, quando foi realizado o empenho para que entregasse o material, o cenário havia mudado: “esta não conseguiu adquirir a quantidade de mascaras necessárias da marca anteriormente proposta”, sob justificativa de que houve grande demanda e forte alteração cambial dos insumos, mensurados em dólar.
A empresa informou que atender a demanda sob as mesmas condições tornaram a entrega inviável, acarretando em “em gravíssimo prejuízo para a empresa, que poderia levá-la à falência”.
Alkimin disse que desde o início a empresa estava mantendo contato com a Sesau para contornar a situação. No dia 15 de julho, encaminhou amostras de outra marca, e de acordo com advogado, tendo substituição deferida pela secretaria no dia 19 de julho, no mesmo dia em que a ação foi protocolada.
No processo, foi anexado ofício da Sesau pedindo anexação de documento comprovando o licenciamento sanitário emitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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