Juíza decreta prisão de suspeito de pistolagem desaparecido há 3 anos

OSCARZINHO DESAPARECEU COM AMIGO EM PEDRO JUAN CABALLERO, EM MARÇO DE 2017 (FOTO: ARQUIVO)

Desaparecido desde 5 de março de 2017, Oscar Ferreira Leite Neto, 31, o “Oscarzinho”, teve a prisão preventiva decretada no dia 14 deste mês pela juíza Melyna Machado Mescouto Fialho, da 1ª Vara Criminal de Bela Vista, cidade a 322 km de Campo Grande, fronteira com o Paraguai. Apontado como matador de aluguel na região, Oscar é filho do ex-vereador Eyde Jesus Rodrigues Leite.

A decisão foi tomada no processo sobre as mortes do pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, 55, o “Betão”, e do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva, 36. Os dois foram mortos a tiros e os corpos carbonizados na caminhonete de Betão, em abril de 2016, no lixão de Bela Vista.

Oscarzinho foi denunciado pelo Ministério Público como autor das mortes. Ele chegou a ser ouvido no processo, mas ficou em silêncio. A partir de agora, o suspeito passa a ser oficialmente procurado pela Justiça.

Embora o corpo não tenha sido encontrado, policiais da fronteira acreditam que o pistoleiro esteja morto. Nos últimos anos ocorreram vários casos de sequestros na Linha Internacional e as pessoas nunca mais foram encontradas.

Oscar desapareceu no dia 5 de março de 2017, logo após deixar a praça de alimentação do Shopping China, em Pedro Juan Caballero, acompanhado de Mauro Andilo Ocampos Lopes, 24. A caminhonete de Oscar, uma Toyota Hilux, também desapareceu. Os dois estavam matriculados em curso de medicina na cidade, mas não frequentava as aulas há pelo menos um ano.

Ainda em 2016, Oscarzinho tinha conseguido habeas corpus após ser preso em flagrante por porte ilegal de arma. Depois a Justiça revogou o habeas corpus, mas o suspeito não foi mais encontrado e acabou condenado a dois anos por ter sido flagrado armado.

O desaparecimento dos dois brasileiros foi apurado por policiais paraguaios e brasileiros, mas não houve avanço das investigações. “Sumiram como fumaça no ar”, chegou a afirmar ao Campo Grande News um policial paraguaio, em abril de 2017.

Os pais de Oscar e Mauro foram a Ponta Porã para acompanhar as investigações. Mauro morava com a família em Bonito, mas há algum tempo residia numa casa em Pedro Juan, para frequentar o curso de medicina.

Mauro fez o último contato com a namorada, moradora em Dourados, às 15h do dia 5 de março de 2017. Depois disso, nunca mais foi visto. Ao contrário do amigo, tido como pistoleiro temido na fronteira, Mauro não tem antecedentes criminais.

(CAMPO GRANDE NEWS)

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