JBr pauta investigação sobre R10
O caso de Ronaldinho Gaúcho, preso desde o dia 6 de março no Paraguai – 32 dias no presídio e até hoje em um hotel luxuoso depois que pagaram uma fiança de R$ 8 milhões para cumprir o resto do período de forma domiciliar –, ganhou novos desdobramentos ontem. Fontes do MP do Paraguai afirmaram à ESPN que a reportagem ‘abriu os olhos’ para a investigação quanto à intenção dos irmãos Assis no país (o duas vezes melhor do mundo participaria de eventos ao lado de Dalia López, empresária que intermediou a produção dos passaportes falsos e atualmente encontra-se foragida).
O portal cita que documentos divulgados em matéria exclusiva feita pelo Jornal de Brasília no dia 28 de abril, intitulada: “ligações perigosas de Ronaldinho Gaúcho no submundo da jogatina” fez com que o governo paraguaio fosse mais a fundo no caso.
Na ocasião, o JBr apurou que uma das pistas para compreender a polêmica viagem pode estar na relação do jogador com integrantes do jogo clandestino no Brasil, incluindo Carlinhos Cachoeira, em Goiânia, a 250 km da capital da República, Brasília.
Acostumado aos holofotes dentro e fora dos campos, Ronaldinho Gaúcho aventurou-se em jogadas arriscadas e ilegais ao se utilizar de um de seus imóveis, um prédio no bairro de Ipanema, na cidade de Porto Alegre (RS), para fomentar o jogo ilegal na cidade gaúcha. O local foi o elo de aproximação do ex-camisa 10 com empresários da jogatina brasileira, que o transformaram em garoto propaganda do jogo de azar no Brasil.
Ronaldinho também é embaixador do Turismo no governo Bolsonaro, mas são os famosos bicheiros que utilizam do nome do ex-craque para expandir os negócios clandestinos a outros países. Vale lembrar que durante a prisão do brasileiro no Paraguai, desde o dia 4 de março, uma luz amarela foi acesa no Palácio do Planalto. O então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que recentemente deixou o governo em meio à polêmica, chegou até mesmo a ligar para autoridades paraguaias para entender a real situação do brasileiro diante do escândalo no país vizinho.
Dois documentos obtidos pelo Jornal de Brasília, um registrado em cartório e outro do Tribunal de Justiça do RS, mostram que Ronaldo de Assis Moreira, famoso pelo apelido de Ronaldinho Gaúcho, está registrado como sendo o responsável pelo local onde acontece a atuação ilegal de uma empresa chamada de Winpoker, que funciona clandestinamente na capital gaúcha.