Globo e CBF discordam sobre MP de transmissões, de Jair Bolsonaro

A medida provisória sobre as transmissões esportivas está causando atrito nos bastidores do futebol brasileiro. A MP 984, editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no final da última semana, que dá a escolha dos direitos de transmissão de uma partida de futebol para o mandante do duelo, modificando a Lei Pelé, de 1998.

A CBF, entidade que comanda o futebol brasileiro, e a Globo, principal emissora que transmite futebol no país, contudo, divergem sobre a medida provisória. A primeira entende que pode ser vantajosa para valorizar ainda mais o Campeonato Brasileiro, enquanto a segunda afirma que não vai abrir mão dos contratos previamente assinados, com validade até 2024. A informação é do jornal “Folha de São Paulo”.

A Rede Globo assinou contratos de transmissão de Estaduais e do Campeonato Brasileiro com diversos clubes do país pelos próximos quatro anos. Em nota divulgada, a empresa afirmou que vai honrar o compromisso adotado anteriormente: o de transmitir uma partida se tiver os direitos de ambas as equipes que estiveram duelando.

“A Globo continuará a transmitir regularmente os jogos dos campeonatos que adquiriu, de acordo com os contratos celebrados, e está pronta para tomar medidas

legais contra qualquer tentativa de violação de seus direitos adquiridos”, afirmou a Globo, em nota.

Com a MP, tanto Globo quanto Turner podem transmitir a mesma partida quando o jogo for de equipes que assinaram com diferentes empresas. Por este motivo que a CBF entende que a medida é favorável: com mais divulgação, a entidade enxerga um potencial aumento de receitas de patrocínios e valorização do Campeonato Brasileiro.

O Flamengo, por exemplo, que não assinou contrato com a Globo para o Campeonato Carioca, pode transmitir os jogos que for mandante no Estadual na “FlaTV”, seu canal no YouTube. Até a publicação desta matéria, contudo, o Rubro-Negro não divulgou nenhuma posição oficial sobre o assunto

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