Gestor do Hospital Regional deixa sem salários profissionais que atenderam na pandemia

Profissionais médicos e fisioterapeutas contratados temporariamente pelo Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados para o período de atendimento a pacientes diagnosticados com Covid-19 estão com os salários atrasados.

Essa unidade hospitalar é administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, sediado na capital de São Paulo e contratado pela Secretaria de Estado de Saúde em 2020 após vencer o Chamamento Público n° 002/2019, com proposta de R$ 715.815,40 mensais por 60 meses, o que deve totalizar R$ 42.948.924,00.

Embora o vínculo original estabelecesse a prestação de serviços com cirurgias eletivas, a falta de leitos hospitalares decorrente do agravamento da pandemia do novo coronavírus motivou o IV Termo Aditivo ao Contrato de Gestão número 0002/2020/SES.

Tornado público no Diário Oficial do Estado do dia 12 de abril deste ano, o documento definiu a mudança do perfil de atendimento ofertado na unidade hospitalar instalada no antigo Hospital São Luiz, na equina da Rua Coronel Ponciano com a Avenida Weimar Gonçalves Torres.

Com isso, foram adequadas as enfermarias para atendimento em clínica médica de média complexidade, conforme demanda do Complexo Regulador, para assistência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG, suspeitos e confirmados de Covid-19.

Foi por isso que o Instituto Social Mais Saúde promoveu as contratações temporárias dos profissionais que até agora não receberam pelo período trabalhado.

Um desses trabalhadores é o fisioterapeuta Alexandre Satoshi, que revelou ao Dourados News nesta quinta-feira (12) ter pelo menos três meses de vencimentos para receber.

“Estão pagando parcial. No mês de julho recebi pagamento referente a abril. Eles falam que vão pagar, que estão normalizando os pagamentos, mas não. Foi feita notificação extrajudicial e até agora nada”, afirmou.

Com o fim dos contratos temporários no dia 18 de julho, ele ainda não recebeu integralmente os salários de maio, junho e do último mês de vínculo contratual, mesma situação a qual estão submetidos pelo menos outros 20 profissionais de saúde que se dedicaram ao atendimento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

O Dourados News enviou e-mail para o Instituto Social Mais Saúde questionando se há previsão para os pagamentos serem normalizados. Ainda não houve resposta.

Já a Secretaria de Estado de Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que faz os repasses previstos em contrato direto para a organização social que administra do hospital. Acrescentou que os pagamentos de funcionários e colaboradores é responsabilidade da administradora.

 

Fonte: conteudo ms

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