Garras prende suspeitos de fraudes financeiras, gerentes de bancos foram presos durante operação


CAIO (À ESQUERDA) E MOISÉS (À DIREITA) AMBOS PRESOS PELO SEQUESTRO DO CASAL (FOTO: PCMS/DIVULGAÇÃO)

Na manhã desta segunda-feira (11), uma “Operação Mikrotic” realizada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) culminou na prisão de dois gerentes bancários suspeitos de participação em um esquema de fraudes financeiras. Os indivíduos são acusados ​​de inserir dispositivos eletrônicos para fraudar e desviar valores de uma instituição financeira.

A ação policial, que se desdobrou a partir de um sequestro ocorrido em 9 de outubro, resultou na execução de dois mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, bem como no cumprimento de mandatos de prisão temporária. O cerco policial se estendeu até o Núcleo Habitacional Buriti, em Campo Grande, onde um dos gerentes foi detido em uma residência na Rua Jaime Costa. A entrada na casa exigia o arrombamento do portão pelos agentes do Garras.

O sequestro inicialmente investigado envolveu três homens, presos na ocasião, que sequestraram um casal de bancários. Durante as investigações, um dos suspeitos revelou a participação do gerente bancário no esquema fraudulento. Jhonatan Kelvin da Cunha de Souza, um dos envolvidos no sequestro, declarou que o funcionário do banco encontrou a instalação de um dispositivo eletrônico em seu computador para facilitar a transferência de valores, mediante pagamento de R$ 50 mil.

Segundo Jhonatan, o pagamento seria dividido em duas parcelas de R$ 25 mil, sendo a primeira entregue quando o gerente forneceu o cartão de acesso e a segunda ao término da ação criminosa. Contudo, o plano tomou outro boato, resultando no sequestro do suspeito.

Em depoimento, outro envolvido, Caio Fábio Santos Felipe, relatou ter sido coagido por um homem identificado como “Paraíba” a cometer o sequestro. Caio alegou ter sido ameaçado de recusa após proposta inicial de envio de um e-mail ao gerente solicitando uma indenização médica. A partir desse ponto, Caio e outro comparsa, Moisés dos Santos Parra Barreto Lima, foram envolvidos na trama criminosa.

A ação criminosa envolve a abertura de uma conta bancária pelo comparsa Caio, o contato com o gerente, e a subsequente coação para obtenção do cartão funcional. O sequestro do casal foi realizado como forma de pressão o gerente a colaborar com os criminosos.

A “Operação Mikrotic” é um desdobramento desses eventos, resultando na prisão de gerentes bancários e na continuidade das investigações para desmantelar completamente o esquema de fraudes financeiras que envolvem a colaboração interna de suspeitos.

Com informações do Campo Grande News

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