Frias diz que auxílio de R$ 600 é ‘esmola’; Jandira rebate
O secretário especial de Cultura,Mario Frias, criticou a Lei Aldir Blanc que concede auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores do setor cultural. Em uma entrevista no YouTube ao canal do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Frias chamou o benefício de “esmola”.
“Artista não quer esmola. A maioria que eu vejo diz: ‘Me deixa trabalhar’. Não quero auxílio”, disse Frias. Para ele, “a responsabilidade de sustentar a classe artística está na mão dos governadores”.
Relatora do texto que propôs o auxílio, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) rebateu às críticas do secretário especial de Cultura. “Só os que não enxergam a real dificuldade do povo podem achar que não tem significado”, disse ela para a coluna de Chico Alves, do Uol.
Segundo Jandira, há artistas e técnicos que estão vendendo instrumentos para comprar alimentos. “Se o secretário de Cultura acha que é esmola, o que dirá dos R$ 300,00 que o governo dele quer dar ao povo brasileiro?”, questionou em entrevista ao Uol.
A deputada ressaltou ainda que a Lei Aldir Blanc não prevê apenas um auxílio individual. “Também socorre com R$ 3 bilhões os espaços comunitários, coloca recursos para fomento de atividades artístico-culturais e fortalece a diversidade cultural.”
O prazo para sanção presidencial do texto termina nesta segunda-feira (29). Apesar das declarações de Mario Frias, Jandira acredita que o presidente Jair Bolsonaro vai sancionar a lei.