Filho de massagista some após virar réu junto à mãe pela morte de chargista

João Victor Silvestre de Azevedo Leite de 21 anos filho da massagista Clarice Silvestre de Azevedo de 44 anos, sumiu após se tornar réu junto a mãe pela morte do chargista Marcos Antônio Rosa Borges de 54 anos em novembro de 2020. O oficial de justiça tentou por duas vezes fazer a intimação, mas em nenhum dos endereços encontrou o rapaz.

Clarice responde por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), além da ocultação e destruição de cadáver. Já o filho por ocultação de cadáver e também por concurso de pessoas

Conforme o processo, no dia 13 de janeiro o Juíz Carlos Alberto Garcete de Almeida mandou o oficial de justiça intimar Mãe e filho para responder a acusação por escrito no prazo de dez dias.

No dia 25 de janeiro o oficial de justiça informou que não teve como intimar João Victor por não estar no endereço citado. No local, o oficial foi atendido por uma mulher que disse ser inquilina do imóvel e que não conhece o réu.

Quatro dias depois, o Ministério Público Estadual informou um novo endereço para que seja feita a intimação do filho da massagista, porém novamente João Victor não foi encontrado.

Segundo informou o oficial de justiça por meio de uma certidão no dia 8 de fevereiro que no endereço citado reside a avó materna do réu. A mulher informou que João morou ali quando criança e a muito tempo não mora mais com ela. Disse ainda não saber onde o neto está. Foi feito também contato por telefone, porém sem sucesso.

Na semana passada o MPMS informou mais um endereço na tentativa de encontrar o filho de Clarice e agora aguarda deferimento.

João Victor Silvestre de Azevedo ajudou a mãe a esquartejar o corpo do chargista, colocar em malas, jogar num terreno e ainda por fogo.

Clarice com o rosto coberto ao chegar à delegacia no dia 24 de novembro (Foto: Paulo Francis)

O caso – A família do chargista denunciou o desaparecimento dele, no dia 21 de novembro, à DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios). As investigações apontaram Clarice como suspeita. A vítima era cliente dela e também mantinha relacionamento amoroso e sumiu depois de ser vista na rua da casa dela, no Monte Castelo.

Clarice chegou a combinar de ir à delegacia falar do caso, mas desapareceu. Só se entregou no dia 24, em São Gabriel do Oeste, depois de ser convencida pelos filhos. A prisão temporária dela já havia solicitada.

Ela disse ter cometido o crime em momento de fúria por ter levado um tapa de Marcos. A reportagem do Campo Grande News apurou que está sendo investigado ainda se o crime foi premeditado e se Clarice mentiu sobre a agressão. Essa análise depende de resultados de perícia em execução.

Com o retorno do Judiciário, no dia 8, a ação penal foi distribuída para o juiz Carlos Alberto Garcete, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Agora, depois de recebidas as defesas preliminares, vão ser marcadas as audiências de instrução, para ouvir testemunhas e os réus.

 

(CAMPO GRANDE NEWS)

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