Festa em cassino na fronteira tem aglomeração como se “não existisse pandemia”
Enquanto tenta lida com os altos índices de contágio e frear o coronavírus, Ponta Porã enfrenta dificuldade em impedir que a população saia de casa para frequentar bares e casas noturnas no país vizinho. Na noite de ontem, vídeos de um show em um cassino a poucos metros da linha de fronteira entre a cidade e Pedro Juan Caballero mostram várias pessoas aglomeradas, sem respeitar qualquer tipo de medida de biossegurança.
A festa ocorreu em um cassino, localizado na Avenida Dr. Gaspar Rodriguez de Francia,via paralela a linha que divide Ponta Porã a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. Nas imagens enviadas ao Campo Grande News é possível ver um grande número de pessoas acompanhando show no local. Ninguém usa máscara ou mantém distanciamento social, apontado medidas eficazes de controle contra a disseminação do coronavírus.
Segundo moradores da região, muitos dos clientes do cassino são brasileiros que atravessaram a fronteira para aproveitar a noite paraguaia, já que o município sul-mato-grossense enfrenta altas taxas de proliferação da Covid-19, foi classificado como bandeira cinza no Prosseguir, para grau extremo de contaminação e por isso segue uma série de restrições, como toque de recolher às 20 horas e funcionamento apenas de estabelecimentos do serviço essencial.
Na cidade já foram registradas 229 mortes pela doença. Na semana passada o prefeito Hélio Peluffo (PSDB) declarou em vídeo que o aumento no número de mortes – quatro a seis por dia – estava causado superlotação no Hospital Regional do município e por isso estavam “empilhando corpos” na unidade. A informação foi desmentida pelo diretor-geral do hospital, Demétrius do Lago Pareja, que apesar disso confirmou a situação caótica.
Neste fim de semana, quando se comemorou o Dia dos Namorados, a prefeitura recorreu ao Facebook para pedir colaboração da população. “Hoje é Dia dos Namorados e não dia de aglomeração em bares e restaurantes. O nível de circulação viral está extremo e o risco de comer e beber sem máscara em locais públicos é alto”, escreveram em uma das publicações. Apesar disso, os flagrantes de aglomeração na fronteira continuam.
fonte: conteudo ms