F1 cancela GP da Holanda, mas temporada vai começar dia 5 de julho
O GP da Holanda, que voltaria em 2020 ao calendário da Fórmula 1 após 35 anos, foi oficialmente cancelado nesta quinta-feira (28). A prova estava marcada inicialmente para o início de maio e havia sido adiada. Agora, já são quatro as provas que não vão acontecer neste ano devido ao coronavírus – Holanda, França, Mônaco e Austrália. A categoria ainda busca datas para realizar outras seis provas adiadas: Bahrein, China, Vietnã, Canadá, Azerbaijão e Espanha. A temporada da F1 está confirmada para começar dia 5 de julho, com o GP da Áustria.
Havia grande expectativa para o retorno da Holanda ao calendário, no renovado circuito de Zandvoort. O traçado ganhou, inclusive, uma curva inclinada, no estilo das pistas ovais norte-americanas, como parte de uma extensa reforma para se atualizar depois de mais de três décadas fora do campeonato.
Mas a grande expectativa era mesmo para a festa fora da pista: o grande motivo para o retorno do GP da Holanda é o sucesso de Max Verstappen. O piloto da Red Bull vinha carregando um mar de torcedores vestidos com a cor laranja, que tradicionalmente representa a Holanda, em várias provas na Europa, principalmente nas provas da Áustria e da Bélgica.
A opção pelo cancelamento se deu justamente para impossibilidade, em meio à pandemia do coronavírus, de se realizar a prova com a presença dos torcedores. “Estamos completamente prontos para a primeira corrida”, disse Jan Lammers, diretor esportivo do GP. “Nós e a F1 investigamos o potencial de fazer a corrida deste ano sem público, mas gostaríamos de celebrar este momento, o retorno da F1 a Zandvoort, juntamente de nossos fãs holandeses. Pedimos que todos sejam pacientes. Tive que esperar 35 anos, posso esperar mais um.”
Como será o retorno da F1?
A categoria, que acaba de anunciar uma série de medidas para sobreviver financeiramente e ser mais competitiva após a covd-19, prepara uma operação toda diferente para retornar às pistas já em julho. Para as primeiras provas, que serão realizadas sem público, cerca de 30% das pessoas que normalmente viajam aos eventos estarão na pista e terão que seguir um protocolo restritivo, com testes a cada dois dias e contando com aplicativos com a capacidade de rastrear com que cada um tem contato, a fim de conter o avanço de uma contaminação pelo coronavírus caso algum dos testes dê positivo. As equipes também terão de se preparar para substituir profissionais que venham a se infectar.
Essa operação vale, inicialmente, para as provas realizadas na Europa. A temporada começa com duas etapas na Áustria, dias 5 e 12 de julho, e depois deve ir para a Hungria, antes da disputa de duas etapas na Inglaterra (o que depende de negociações entre o governo britânico e a F1 para que os profissionais do esporte estejam de fora da quarentena que acabou de ser determinada para todas as chegadas no país). Provas na Espanha, Bélgica e Itália aconteceriam no final de agosto e começo de setembro, antes de a categoria ir para a Ásia.
O campeonato da F1 estava marcado para começar em 15 de março. O “circo” chegou a viajar até a Oceania, mas cancelou a prova poucas horas antes dos primeiros treinos livres, e dois dias depois de a OMS ter declarado que a epidemia de coronavírus tinha se tornado uma pandemia.
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)