Escassez de pediatras plantonistas no HRMS Levanta suspeitas e MP Investiga
O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) está sob investigação após denúncias sobre a falta de médicos pediatras plantonistas no seu pronto atendimento médico. As alegações, levantadas no ano de 2023, destacaram a carência de profissionais especializados na unidade.
Segundo informações do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), uma denúncia formal foi recebida, apontando a ausência de médicos plantonistas no pronto atendimento. Diante disso, foram solicitadas informações ao hospital sobre as medidas tomadas para corrigir essa irregularidade, visando impedir a redistribuição de médicos entre setores. Além disso, foi enviado um ofício ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para realizar uma inspeção no local e verificar a insuficiência de profissionais.
Após investigação, constatou-se que o número de médicos era inadequado para preencher a escala, o que levou à recomendação de contratação imediata de novos profissionais, sob risco de comprometimento no atendimento e possíveis consequências fatais devido à prestação de serviços incompletos à população infantil.
Em resposta, o HRMS afirmou que não houve desassistência em nenhuma área da pediatria, pois, em caso de falta na escala, há cobertura pelo pediatra do respectivo setor. Além disso, foi revelado que um processo seletivo foi aberto para contratar 17 médicos, dos quais 15 já foram aprovados. Atualmente, o hospital conta com 5 pediatras contratados e 11 aprovados em concurso público.
Quanto ao último concurso anunciado, previsto para os próximos dias, foram disponibilizadas 8 vagas imediatas. O inquérito está sob responsabilidade da promotora Daniela Cristina Guiotti, da 76ª Promotoria.
Com a saída de diversos funcionários, seja por aposentadoria, licenças ou outras razões, o quadro de pessoal do HRMS está se tornando cada vez mais defasado.
No mês de janeiro, o Hospital Regional suspendeu cirurgias eletivas por cinco dias, justificando o aumento no número de colaboradores apresentando atestado médico. Entretanto, não foram fornecidos detalhes sobre a quantidade de servidores com atestados nem as razões por trás dos pedidos de afastamento.