Em briga com a JBS, indonésio confirma ampliação da Eldorado e outra fábrica de R$ 20 bi no Brasil
O indonésio Jackson Wijaya, fundador da Paper Excellence, confirmou, em palestra realizada em Nova Iorque, a construção da segunda linha de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas. Além do investimento de R$ 16 bilhões, o empresário, que briga na Justiça com a JBS pelo controle da indústria, anunciou o plano de investir US$ 4 bilhões, em torno de R$ 20 bilhões, em um novo projeto no Brasil.
Durante encontro com governadores nos Estados Unidos, ele disse que a Paper está procurando um novo local para a construção da indústria, que terá capacidade de produção de 2,5 milhões de celulose.
Além do novo empreendimento, ele confirmou, ao lado do CEO da companhia no Brasil, Cláudio Cotrim, de que vai manter o projeto de ampliar a Eldorado. A expectativa é de gerar 2,6 mil empregos diretos e R$ 550 milhões em impostos.
Wijaya falou sobre seus planos de realizar novos investimentos estratégicos no país, além da construção da nova linha de produção da Eldorado Celulose já prevista para o Mato Grosso do Sul.
“Temos planos de investir US$ 4 bilhões em um novo projeto no Brasil de 2,5 milhões de toneladas de celulose”, revelou Jackson Wijaya no encontro. A Paper está estudando a melhor região para o novo investimento, que vai gerar mais de 2,5 mil empregos diretos, sem falar dos indiretos que serão contratados durante as obras. A construção da empresa pode precisar de 12 mil trabalhadores.
No encontro, Wijaya também comentou sobre a responsabilidade socioambiental e as iniciativas globais da Paper dentro da estratégia ESG e descarbonização em cada região de atuação.
“A Paper Excellence é uma das maiores e mais diversificadas produtoras de papel e celulose do mundo. Presente em quatro países (Canadá, EUA, França e Brasil), tem 60 fábricas e mais de 2 mil funcionários”, destacou o grupo em nota.
“No Brasil, investiu R$ 15 bilhões na aquisição da Eldorado Celulose, e irá investir outros R$ 16 bilhões na construção da segunda linha de produção na unidade, gerando cerca de 2,6 mil empregos diretos”, frisou.
No entanto, os irmãos Joesley e Wesley Batista brigam na Justiça para não entregar a Eldorado para o grupo liderado pelo indonésio.
Fonte O Jacaré