DNIT deve lançar em abril licitação do acesso a ponte internacional Brasil-Paraguai da Rota Bioceânica
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) planeja lançar em abril a licitação das obras do acesso no lado brasileiro à ponte internacional sobre o rio Paraguai, entre Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, no Brasil, e Carmelo Peralta, no Paraguai. O certame será por meio de Regime Diferenciado de Contratações Integrada (RDCi).
A ponte está sendo construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura, de 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura, é fundamental para viabilizar a rota bioceânica rodoviária, que possibilitará ligar o oceano Atlântico ao Pacífico, no Chile, tendo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, como ponto de saída do Brasil.
A ordem de serviço da ponte foi dada no dia 13 de dezembro de 2021 pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benitez. Em sua página na internet, o consórcio Pybra, formado pelas empresas Tecnoedil Construtora, do Paraguai, e Cidade Ltda e Paulitec Construções, do Brasil, aponta a conclusão das obras no primeiro semestre de 2025.
O DNIT informou ao g1 que o acesso à ponte faz parte da mesma obra do Contorno Rodoviário Norte de Porto Murtinho. Segundo a autarquia, o anteprojeto está em fase de finalização pela empresa contratada.
A obra, conforme o departamento, está orçada em R$ 190 milhões e o prazo de execução é de 1 anos e seis meses. O Contorno Rodoviário Norte de Porto Murtinho terá aproximadamente 13,1 km e partirá do km 678,10 na BR-267.
Além desta obra, o DNIT informou que já contratou e deu início a elaboração dos projetos de restauração com melhoramento da BR-267, no trecho entre os quilômetros 577 e 678, do distrito de Alto Caracol ao Contorno Rodoviário Norte de Porto Murtinho.
O departamento adianta que neste trecho da rodovia serão construídas terceiras faixas e acostamento. O orçamento inicial desta obra é de R$ 178 milhões.
Importância da rota
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS), a rota bioceânica vai possibilitar uma redução de 8 mil quilômetros de rota marítima na exportação de produtos de Mato Grosso do Sul e de outros estados do Centro-Sul do país para a Ásia, em comparação com o escoamento pelos portos do sudeste e sul do Brasil.
Além de encurtar o caminho das exportações para a Ásia, de estimular o comércio e a integração entre os países por onde vai passar: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, a rota também deve fomentar o turismo entre essas nações.