Decreto do “fecha tudo” não coíbe quase nada no comércio de Campo Grande

A divulgação do decreto de fechamento de atividades em Campo Grande causou alvoroço na semana passada, entre comerciantes em população em geral, imaginando período de reclusão. Mas, uma circulada pela cidade, nota-se que é praticamente vida que segue, com várias lojas abertas, algumas, respaldadas pelo amplo leque de atividades consideradas essenciais na legislação e outras que simplesmente infringiram a norma.

A reportagem circulou pela região central e verificou lojas funcionando normalmente, mesmo excluídas da lista de essenciais prevista na bandeira cinza, atual classificação de Campo Grande. Uma delas é a central da Vivo, em que seis clientes aguardavam do lado de fora.

A funcionária disse que eles não atenderiam ninguém, mas viram a fila se formando desde cedo do lado de fora e resolveram verificar quais eram os casos. Um deles era de rapaz que teve o celular roubado e queria saber como proceder para bloquear ou aparelho. As pessoas foram posicionadas para que fiquem distante uma das outras.

Na Rua Rui Barbosa, entre 15 de Novembro e Avenida Afonso Pena, praticamente todas as lojas abertas: casa de botões, loja de roupas e lanchonetes. Neste último caso, o atendimento é permitido, porém, somente no sistema drive-trhu, delivery e take away (pegue e leve), não sendo permitido consumo no local.

Ainda na Rua Rui Barbosa, lojas de conserto de celulares estavam com portas parcialmente abertas. Na 14 de Julho, cenário semelhante: lojas de cosméticos, como a Boticário, funcionando normalmente, embasadas no argumento que têm autorização para venda de produtos de higiene. Outra, de comercialização de chocolate, a resposta dada à reportagem é que não sabe se o produto se encaixa como essencial e que “vai funcionar até mandar alguém fechar”.

A loja Passaletti também está aberta, atendendo clientes na porta, mesmo sistema adotado na Planeta Baby e Fruto do Ventre que vende produtos para bebê e outras ao longo da via. Na Rua 14 de Julho, entre as ruas Cândido Mariano e Maracaju, a reportagem contou 14 lojas abertas.

Fora da região central, a abertura do comércio também seguiu normalmente: na Hiper Festas, na avenida Eduardo Elias Zahran, o funcionamento foi garantido, segundo apurado, porque a loja teria licença para abrir como serviço de alimentação.

O decreto do governo estadual estipula o fechamento dos não essenciais. Porém, a lista de essenciais inclui 51 atividades essenciais autorizadas a funcionar até 24 de junho, algumas, com restrições.

 

No caso de padarias, é possível consumo local, porém, isso não se aplica a lanchonetes e restaurantes. Lojas de material de construção, borracharias e oficinas mecânicas são exemplos de comércios que podem abrir.

 

fonte: conteudo ms

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