Comércio comemora obrigação de máscara, porque convencer cliente é difícil
A determinação sobre o uso obrigatório das máscaras, a partir desta sexta-feira (19), em Campo Grande é comemorada entre os lojistas. Eles usam o Equipamento de Proteção Individual desde a reabertura do comércio no dia 6 de abril, mas continuam expostos porque precisam atender os clientes que se recusam a usar o EPI.
Segundo Nathália, eles não comentavam com os clientes sobre o uso das máscaras porque até então se tratava de uma opção. O sentimento agora é de alívio. “ É mais proteção pra gente. Duas pessoas usando máscara é menos perigoso”.
Sentimento semelhante é do gestor comercial Mayson Ponce Emiliano, de 34 anos, que trabalha em uma loja de departamentos. Ele diz que “muita gente está usando, mas não 100%” e se diz preocupado com a possibilidade de nova suspensão dos atendimentos em meio ao período de pandemia do coronavírus.
A vendedora Maria Andreia, de 46 anos, confessa já ter falado discretamente com alguns clientes sobre medidas de prevenção contra a covid-19 que inclui o uso da máscara, mas entendia se tratar de uma escolha de cada um. “Agora é bom que será obrigado a usar. Antes era só nos ônibus, mas se protege em um lugar, tem que proteger em todos”, diz.
Para Maria, a publicação de um decreto deste tipo é excelente porque exige que todos se cuidem. “Até porque a gente não sabe quem está ou não com o vírus”.
Obrigação – Na terça-feira (16), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou que o uso das máscaras passará a ser obrigatório em Campo Grande a partir do dia 20 deste mês. A decisão obedece recomendação feita pelo Ministério Público Estadual.