CNA debate crédito na safra 2021/2022
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou de uma live sobre crédito na safra 2021/2022 promovida pela Broadcast/Agência Estado, na quinta (25).
O tema foi debatido pelo superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, e pelo diretor do Departamento de Financiamento e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, com moderação da jornalista Clarice Couto.
Eles discutiram as perspectivas para a oferta de crédito rural na próxima safra – que começa em julho –, as demandas da cadeia produtiva, o cenário atual para a composição do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2021/2022, a contribuição dos financiadores privados e seguro rural, entre outros temas.
Segundo Bruno Lucchi, as principais demandas do setor são revisar os custos administrativos e tributários (CAT) cobrados pelas instituições financeiras para operacionalizar o crédito rural e as diretrizes aplicadas sobre a carteira agro das instituições financeiras, para definição do risco na regulação prudencial.
Esses e outros pontos fazem parte da agenda estruturante no crédito rural que a CNA está trabalhando para aumentar as fontes de financiamento para o setor e otimizar os gastos públicos.
Outras propostas são fortalecer as cooperativas de crédito, que possuem custos administrativos e tributários inferiores às demais instituições financeiras; coibir a exigência de reciprocidade pelos bancos, incluindo no manual de crédito rural norma específica que evite a prática de venda casada; e a diferenciação de condições de crédito para produtores que adotam mitigadores de riscos.
“É um setor que responde rápido, garante a segurança alimentar e reflete em números na economia. Quando o produtor tem estímulo, ele investe no próprio negócio e a resposta é na safra seguinte. Apesar de todas as dificuldades relacionadas ao clima, essa será mais uma safra recorde”, afirmou Bruno Lucchi.