Citros: cenário de oferta maior que demanda deve continuar em maio
Em abril, os citricultores do estado de São Paulo intensificaram a colheita de laranjas da safra 2020/2021. Ainda que a oferta não tenha sido alta, o volume colhido foi suficiente para pressionar os valores dos cítricos de mesa no mês. Além disso, a demanda também se enfraqueceu em abril, devido às indicações de isolamento social diante da pandemia do novoe coronavírus, o que limitou fortemente as vendas de frutas a restaurantes e outros serviços de alimentação.
Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário de oferta acima da demanda deve permanecer em maio, o que tem deixado citricultores apreensivos quanto ao comportamento dos preços no próximo mês. Em abril, a hamlin foi negociada na média de R$ 25,02 por caixa de 40,8 quilos, na árvore, baixa de 18,7% em relação a março. Para a pera, a média do mês foi 8,15% inferior à de março, fechando a R$ 32,47 pela caixa de 40,8 quilos, na árvore.
Do lado da indústria, mesmo com a previsão de maior oferta em maio, o processamento deve permanecer limitado no início do mês, devido à moagem tardia. Esse cenário, inclusive, faz com que frutas precoces sejam destinadas exclusivamente ao mercado de mesa. Por outro lado, a colheita de tardias como a valência, natal e folha murcha deve se encerrar nas próximas semanas.
Quanto à lima ácida tahiti, os preços permaneceram firmes em abril. O fim do pico de safra, de janeiro a março diminuiu a oferta, enquanto a demanda pela fruta seguiu firme. A tahiti teve média mensal de R$ 17,46 por caixa de 27 quilos, colhida, aumento de 39,46% frente a março.
