CBV mira próximos ciclos olímpicos com projeto de clínica de fundamentos para jovens de 13 a 18 anos
Fofão ao lado dos jovens talentos no primeiro módulo do projeto “Clínica de Fundamentos” da CBV
(Divulgação/CBV )
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Faltam apenas seis meses para os Jogos de Paris 2024, mas a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) já trabalha no desenvolvimento de craques que vão defender o Brasil nos próximos ciclos olímpicos. Durante cinco dias, o Centro de Treinamento da CBV, em Saquarema, recebeu o primeiro módulo do projeto “Clínica de Fundamentos”, voltado para levantadores de 13 a 18 anos selecionados em competições de base realizadas em 2023. Os 30 convocados tiveram dois campeões olímpicos como professores: Fofão, ouro em Pequim 2008, e William Arjona, ouro no Rio 2016. Foram realizadas palestras e treinos específicos para a posição para que o caminho de vitórias do vôlei brasileiro continue muito além da capital francesa.
“Escolhemos dois nomes de referência para trabalhar os levantadores. Começamos com essa posição porque é uma das mais importantes no voleibol, mas faremos outros módulos para outras posições. Chamamos nesse momento atletas mais jovens e o objetivo é trabalhar junto com os clubes e aperfeiçoar de forma individualizada as qualidades de cada um. O ano olímpico é muito simbólico, mas também é o início de novos ciclos. Estamos olhando para Paris e para o futuro do voleibol”, explica Jorge Bichara, diretor técnico da CBV.
William Arjona, campeão olímpico e técnico da Clínica de Fundamentos para levantadores: “Quero parabenizar a CBV pela iniciativa. É um projeto muito interessante. Tenho um programa para treinar levantadores que é um projeto de vida. Depois de 27 anos atuando como profissional, quero compartilhar essa vivência com esses jogadores. A minha função é plantar sementes na cabeça deles. Eles vão usar o que aprenderam em suas carreiras. É uma troca muito rica, é muito prazeroso e não tem preço. Estou feliz pela entrega de todos, com o coração aberto e evoluindo muito”.
Caio Souza, 16 anos, campeão do Sul-Americano sub-17 em 2023: “Trabalhar com o William é mágico. Assistia aos jogos dele na TV e agora ele está aqui, passando sua experiência para nós. É muito gratificante. aprendi muito com a clínica. Quero usar o máximo de informações para o meu futuro”.
Fofão, campeã olímpica e técnica da Clínica de Fundamentos para levantadores: “É muito interessante fazer um trabalho individualizado. Podemos contribuir com esse momento de formação. Queremos passar informações, conhecimento e o que vivemos como levantadores. O objetivo é que elas saiam daqui melhores do que chegaram. Se conseguirmos fazer isso, teremos realizado um bom trabalho”.
Mariana Carvalho, 17 anos. “A Fofão é uma das melhores da história. Ela ensina muitas coisas que nos fazem pensar. É muito bom estar aqui, me dedico e aprendo muito todos os dias. É uma atenção muito individualizada e específica para posição”.
Caetano Rocha, supervisor das categorias femininas de base da CBV. “Monitoramos cerca de 20 competições em todo o Brasil, foram mais de 1.500 atletas observadas. Apresentamos essas avaliações para a CBV, com a especificidade de cada posição. Assim, desenvolvemos a ideia das clínicas. A de levantadores é a primeira do processo. Essa troca com o William e a Fofão foi incrível. São dois modelos de levantadores de sucesso”.
Alexandre Ferrante, supervisor das categorias masculinas de base da CBV. “Essas clínicas são uma evolução na forma de ver as categorias de base. O crescimento dos jogadores depende de ações conjuntas como essa. Escolhemos dois ícones, Fofão e William, cada um com seu jeito de se comunicar. Isso nos possibilitou um ambiente de aprendizado muito produtivo”.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro