Casa Brasil será criada em Lisboa para promover a cultura e a economia brasileira
Parceria entre Sebrae, Apex, Fiocruz, Embratur, espaço foi anunciado em evento da missão do país no Web Summit 2023, com apoio do MDIC e do Itamaraty.
O governo brasileiro vai criar em Lisboa um espaço voltado para a cultura e a economia do país. Intitulado de “Casa Brasil”, a iniciativa vai reunir representações do Sebrae, da Apex, Fiocruz e da Embratur. A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (13) pelos presidentes do Sebrae, Décio Lima, e da Apex, Jorge Viana, e pelo embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva na abertura do Seminário de Internacionalização, realizado na capital portuguesa, dentro da programação da missão técnica brasileira no Web Summit 2023.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, este é um momento único.
Nós não podemos mais ficar isolados no modelo econômico. Vamos somar nossas musculaturas para produzir e potencializar os efeitos positivos.
O dirigente definiu a instituição como a porta de entrada de sonhos de milhões de brasileiros que desejam empreender. Segundo ele, o resultado de mais de 3,1% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 surpreendeu a todos, com destaque para o saldo positivo da balança comercial. No campo do emprego, destaque para os mais de 1,1 milhão de novos empregos gerados pelas micro e pequenas empresas brasileiras só neste ano.
A integração entre o Sebrae e a Apex Brasil, seguindo as diretrizes do governo brasileiro, foi destacada por Jorge Viana.
O Sebrae é uma instituição que tem capacidade, capilaridade e potencial extraordinários. Então vamos unir o especialista nos pequenos negócios à nossa expertise de internacionalizar negócios. Vamos fazer o Brasil chegar ao mundo todo.
Viana acrescentou ainda que “Portugal tem tudo para ser a porta de entrada para as empresas brasileiras que desejem vir para a Europa”.
O embaixador Carreiro antecipou que o governo de Portugal ofereceu imóveis para receber a sede da Casa Brasil: “Estamos trabalhando exatamente para consolidar esse espaço. Essas negociações estão adiantadas”.
Além do espaço institucional da Apex, Sebrae, Embratur e Fiocruz, a Casa Brasil vai acolher micro, pequenas, médias e grandes empresas, startups e incubadoras brasileiras, tendo ainda área voltada para exposições culturais.
Décio Lima acrescentou que a inovação e a sustentabilidade são valores e práticas que vieram para ficar, não há mais como pensar um mundo onde o meio ambiente e da busca por novas fontes de energia não esteja no centro das discussões. “A Amazônia é um patrimônio fundamental para manter a vida no nosso planeta. Nosso empreendedorismo precisa ter a visão da inovação, da sustentabilidade e da inclusão.”
Por fim, o presidente do Sebrae avaliou que eventos como o Web Summit são importantes para criar o network, ressaltando que os verdadeiros agentes da integração são os empreendedores: “Vamos dar todo o suporte necessário. Estamos dobrando a nossa presença em Lisboa, em comparação com 2022. Viva o empreendedorismo brasileiro!”.
Também estiveram presentes no evento representantes das unidades estaduais do Sebrae, o presidente da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas, Helder Salomão; a vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, deputada federal Ana Paula Lima, entre outros.
Pioneirismo no Brasil
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros, elogiou todo esse trabalho articulado da Apex em parceria com o Sebrae e os ministérios focados na inovação: “Temos o desafio de fortalecer a capacidade inovadora das nossas empresas, bem como a capacidade de gerar produtos e serviços que tenham uma finalidade real. Para além do desenvolvimento econômico e da geração de emprego, devemos fazer as escolhas corretas de investimentos para garantir o futuro do país”.
Já o embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, que é secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do MREx, sinalizou que o Itamaraty apoia os ecossistemas de inovação tanto em seus processos de internacionalização quanto nos ecossistemas de engenharia. “As missões da diplomacia brasileira nesse sentido são: remover a imagem do Brasil como uma economia que não evoluiu na ciência, tecnologia e inovação; conectar agentes de inovação brasileiros e estrangeiros; e engajar a internacionalização desse ecossistema brasileiro”, afirmou.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias | Hérica Marmo e Fernando Thompson
