Capital deixa zona de risco extremo para covid-19 e cidades do interior estão com bandeira preta

Nesta sexta-feira (14), o Governo do Estado encaminhou aos municípios os relatórios situacionais da 32ª semana epidemiológica do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), com atualização do grau de risco das 79 cidades do estado, após aprovação dos membros do Comitê Gestor do Programa. Os resultados também foram apresentados na live de acompanhamento do coronavírus de hoje.

“Se os municípios melhoraram, foi porque enxergaram no Prosseguir alguns indicadores que precisavam ser trabalhados, e esse era o nosso objetivo”, enfatizou Riedel

A atualização do 3º mapa situacional, baseada nos dados de 02 a 08 de agosto, traz um aumento do número de municípios nos graus tolerável e médio (faixas amarelo e laranja), porém mantém uma quantidade considerável (21 cidades) no grau de risco alto (faixa vermelha). Os resultados da semana demonstram que os cumprimentos das recomendações do Programa implicam diretamente na classificação dos municípios, como destacou o Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel: “Se os municípios melhoraram, foi porque enxergaram no Prosseguir alguns indicadores que precisavam ser trabalhados, e esse era o nosso objetivo. Cito como exemplo Campo Grande que melhorou a busca por contatos de casos confirmados, ampliou sua capacidade de testagem, em parceria com o governo estadual, e apresentou uma disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) satisfatória. Indicadores fundamentais para conter o aumento do número de casos que foram decisivos para a mudança de faixa. Mas isso não significa que podemos relaxar: o fato de termos 21 cidades na faixa de risco alto (vermelho) nos deixa em alerta e o desafio é justamente atuarmos nas recomendações para essas cidades”, explicou.

Para gerar essa classificação, o programa avalia indicadores municipais relacionados à disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, necessidade de expansão de leitos e situação de fronteira com país ou divisa com estado que tenha aumento de casos.

Mapa Situacional

O mapa situacional das quatro macrorregiões de Saúde (Corumbá, Campo Grande, Três Lagoas e Dourados), referente à 32ª Semana Epidemiológica (de 02 a 08 de agosto), apresenta 10 municípios na faixa de risco tolerável (amarela), 46 municípios no grau médio (bandeira laranja), 21 no grau de risco alto (bandeira vermelha) e dois no grau extremo (bandeira preta).

Com relação ao mapa anterior, 41 municípios mantiveram seu grau de risco, 31 melhoraram seu grau de risco e 7 pioraram. Seguindo a recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a nova classificação segue a regra de transição das bandeiras que não permite ‘pular’ faixas em caso de melhora dos indicadores, apenas no caso de piora da situação no intuito de acelerar a adoção de medidas.

Os mapas situacionais atualizados, recomendações para os municípios e a distribuição das atividades econômicas por faixa de risco, estão disponíveis no site www.coronavirus.ms.gov.br (link prosseguir).

Sobre o Prosseguir – Programa do Governo Estadual que classifica os municípios em faixas de cores, de acordo com o grau de risco que cada cidade apresenta (de baixo a extremo), traz recomendações de medidas no âmbito da Saúde Pública, de Serviços Públicos e do Social a fim de nortear agentes da sociedade, principalmente entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19.

Metodologia do Programa

Periodicidade – Semanalmente, após a reunião do Comitê Gestor do Programa (às quartas-feiras), será divulgada uma Avaliação Situacional com recomendações para todos os municípios, baseadas nos dados do fim da semana (último sábado), obtidos pelo cruzamento dos indicadores de Vigilância Epidemiológica, Saúde e Impacto Econômico.

Alimentação dos Dados – A atualização dos dados que compõem os indicadores é de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde de cada município, de forma que o atraso ou o não fornecimento das informações compromete a avaliação situacional do município.

Mudança de Bandeiras – Seguindo as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), embora o monitoramento dos dados seja diário, com reunião semanal de análise, os municípios só podem mudar de cor (faixa) após 14 dias – mesmo que os dados diários indiquem a mudança de situação. Quando a mudança de situação for para melhor, a metodologia prevê que não se pode ‘pular’ faixas (por exemplo, mudar diretamente da faixa laranja para a verde sem passar pela amarela). Já quando a mudança de situação for para pior, permite-se ‘pular’ bandeiras (sair da amarela e ir diretamente para a vermelha, por exemplo), devido à urgência na adoção de medidas.

Classificação de Risco das Atividades Econômicas – A Classificação de Risco das Atividades Econômicas (em baixo, médio e alto) também pode ser alterada a qualquer momento pelo Comitê Gestor, pautada em justificativa técnica com foco na melhoria dos resultados da matriz de risco (conforme artigo 10 do Decreto nº 15.462 de 25/06/2020).

Governo de MS.
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