Candidato derrotado que alegou fraude na eleição do Paraguai é preso
O ex-candidato à presidência do Paraguai, Paraguayo Cubas, que denunciou uma fraude após ter ficado em terceiro lugar nas eleições do último domingo, dia 30 de abril, foi detido nesta sexta-feira, dia 05 de maio, de forma preventiva, sob acusações de perturbação da tranquilidade pública, informou a Polícia.
A prisão aconteceu por ordem da Procuradoria do Paraguai, segundo a polícia. Depois de perder as eleições para Santiago Peña, Cubas comandou protestos para contestar os resultados —não há nada que tenha colocado os resultados em xeque, de acordo com organizações internacionais.
No Paraguai, as eleições presidenciais têm um só turno. Os paraguaios votaram no último dia 30 e o resultado foi o seguinte:
Santiago Peña: 43%
Efraín Alegre: 27%
Paraguayo Cubas: 23%
Cubas não resistiu à prisão, feita na cidade de San Lorenzo, arredores de Assunção. Ele foi detido na sede do Agrupamento Especializado da Polícia, informou Gilberto Fleitas, comandante da Polícia Nacional.
O ‘Bolsonaro paraguaio’
Até 2019, Paraguayo Cubas era senador. Ele foi cassado por “uso indevido de influências”, mas o estopim da cassação foram episódios de agressão física, ameaças e incitação à violência.
Em uma ação policial na fazenda de um brasileiro, ele pediu a morte de 100 mil brasileiros – que ele disse ser o número aproximado de brasileiros vivendo no Paraguai que seriam bandidos.
Ele se apresentava nas eleições como candidato antissistema, que rejeita as instituições tradicionais da política.
Protestos após a derrota
Mesmo tendo ficado em terceiro na votação, apoiadores de Cubas fizeram dois dias de protestos em Assunção alegando, sem base, que houve fraude.
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