Cadetes da PM denunciam major por “tortura” e tratamento desumano

Corregedoria da PM/MS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) e Ministério Público apuram denúncias de tortura e tratamento desumano, dentro da academia de polícia, em Campo Grande. Além de xingamentos, no último dia 29 de outubro, alunos foram obrigados, como punição, a ficarem em posição de flexão de braço “no sol de meio dia”, apresentando queimaduras de segundo grau nas mãos.

Até o momento, cinco denúncias chegaram até a ouvidoria da Polícia Militar – a última nesta sexta-feira, dia 12 de novembro – e estão sendo apuradas. Por esse motivo, o site Campo Grande News não divulgará o nome da major, subcomandante da Academia de Polícia, citada nas denúncias.

De acordo com os relatos, no dia 29 de outubro, a major acusou um dos cadetes que fazem curso de formação de não pagar com custos de refeições no local. Então, ordenou que toda a turma ficasse na posição de flexão de braço. “O que ocasionou queimaduras de 2º grau nos cadetes”, diz na denúncia.

A intenção era de que o possível acusado de não pagar as refeições, se pronunciasse. Depois, a major aplicou a todos os alunos, punição restritiva de liberdade, do dia 30 de outubro até 2 de novembro. “Para refletir sobre o assunto, privou da folga e do convívio familiar”, denunciam.

A turma do primeiro ano tem 52 alunos e a do segundo, 49. Os cadetes afirmam que são humilhados e xingados diariamente, de “vagabundos, filhos da puta, ladrões, safados e corruptos”. “Um tratamento desumano, cruel e degradante, ocasionando diversos traumas de ordem física e psicológica”, diz a denúncia.

 

Procurada, a PMMS explicou que a major – que atua como subcomandante da unidade – continua exercendo as funções normalmente, enquanto as denúncias são apuradas. “A denúncia já está sendo apurada pela corregedoria da PM, pois se trata de uma denúncia anônima feita na ouvidoria. Ela continua exercendo as funções normalmente”, disse a PM/MS.

CONTEUDO MS

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