Brasil também tem vacina da Pfizer “no radar” para eventual compra, diz Pazuello
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que o governo federal também vai abrir negociações com a Pfizer para a possível compra de uma candidata a vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech, que será testada no Brasil.
Pazuello afirmou, em entrevista coletiva transmitida pela internet durante visita a Florianópolis, que o governo também colocou a candidata da Pfizer e da BioNTech “no radar”, depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na véspera a condução de um ensaio clínico no país que estudará duas vacinas em desenvolvimento conjuntamente pelas empresas.
“Nós vamos observar isso daí, com a possibilidade também de entrar em algum tipo de acordo de cooperação para comprar também alguma possibilidade dessa vacina com a Pfizer”, afirmou, lembrando que o Brasil já tem em andamento três negociações relativas a vacinas.
O Ministério da Saúde já assinou uma carta de intenções com o laboratório britânico AstraZeneca que prevê a disponibilização de 30 milhões de doses até o fim do ano de uma vacina desenvolvida em parceira com a Universidade de Oxford, e está concluindo as negociações para o pagamento e a assinatura de um acordo final que incluirá também a transferência de tecnologia para produção nacional.
Paralelamente, o governo do Estado de São Paulo firmou acordo com a chinesa SinoVac para desenvolvimento, em parceria com o Instituto Butantan, de uma outra vacina, que também será produzida no Brasil, e Pazuello havia anunciado na terça-feira que o governo também negocia com o laboratório norte-americano Moderna para uma possível compra com prioridade da candidata a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa.
Tanto a vacina de Oxford quanto a da SinoVac já estão sendo testadas em voluntários no Brasil em ensaios clínicos de Fase 3, o último antes do registro da vacina junto a autoridades regulatórias.
(Por Pedro Fonseca)
Fonte: Reuters