Bolsonaro diz que Coronavac “não será comprada” pelo governo, conforme informado pelo Ministério da Saúde

Após anúncio, do Ministério da Saúde, sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac – desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – o presidente Jair Bolsonaro publicou em rede social a afirmação de que a vacina, na verdade, “não será comprada”.

Na noite de ontem (20), porém, o governo federal confirmou que irá adquirir o imunizante após aprovação na Anvisa. A potencial vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) está em fase final de estudos clínicos no Brasil e se mostrou totalmente segura nos testes realizados desde o final de julho.

Bolsonaro diz que vacina não será comprada

 

A publicação do presidente, nesta manhã, ocorreu em resposta a um internauta que escreveu “Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”. O perfil oficial do presidente, então, respondeu: “Não será comprada”.

Na mesma publicação , Bolsonaro ainda respondeu outro apoiador que questionou a lealdade do atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao governo federal: “Meu presidente o seu ministro nos traiu com acordo de compra da vacina. Me sinto envergonhado! O senhor se enganou mas uma vez”, disse o internauta. O presidente, então, respondeu: “Qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira TRAIÇÃO”.

Desde as primeiras fases do desenvolvimento da vacina, o presidente faz declarações que criticam a tecnologia chinesa e questionam a segurança do imunizante – o que reforça o cenário de rivalidade entre o governo federal e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defensor da vacina. Até o momento, a CoronaVac é considerada a vacina mais promissora entre os imunizantes que testam no Brasil.

IG

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