Bebê que caiu do 4º andar pode ser encaminhada para abrigo após receber alta em Campo Grande
Janela do apartamento onde bebê sofreu queda | Créditos: Osmar Daniel
Após o incidente em dezembro do ano passado, um bebê de 3 meses que sofreu uma queda do 4º andar poderá ser encaminhada para um abrigo em Campo Grande, aguardando a resolução do processo de guarda pelos pais, ainda pendente na Justiça.
De acordo com informações fornecidas pela família, a vítima apresenta uma boa evolução em seu estado de saúde e tem previsão de receber alta do hospital até o final da semana. Um membro da família explicou: “O pai tem permanecido no hospital todas as noites com ela, enquanto a mãe pode fazer visitas, mas não pode ficar sozinho com a criança.”
O pai conseguiu, por decisão judicial, incluir seu nome na certidão de nascimento da filha e aguarda agora o revelador dos trâmites legais para regularizar a guarda em conjunto com a mãe.
Gleiciane Rodrigues Arruda, advogada envolvida no caso, esclareceu: “Incluímos o nome do pai na certidão de nascimento para contestar o pedido do Ministério Público e pleitear que a criança não seja enviada para o abrigo, mas fique sob responsabilidade paterna. No entanto, estamos aguardando a decisão judicial. Caso a alta médica ocorra antes da resolução legal, a princípio, ela será encaminhada para o abrigo.”
Detalhes do caso
Em 12 de dezembro, a Polícia Militar foi acionada para investigar a queda de um bebê do 4º andar de um apartamento no Conjunto Aero Rancho.
Segundo informações preliminares, o Samu foi chamado, mas o socorro foi cancelado porque a criança foi rapidamente socorrida pelos vizinhos e levada em estado grave para o Hospital Regional. As investigações apontaram que o bebê estava no apartamento junto com sua irmã de 7 anos, que a segurou no colo e se moveu da janela, ocorrendo um descoberto que resultou na queda, visto que a janela não possuía proteção.
Em 14 de dezembro, a avó da criança informou que a pequena já não corria risco de vida. Durante os dois primeiros dias de internação, uma mãe, de 23 anos, encontrou sob custódia, acusada de abandono de invalidez. Na quinta-feira, ela foi liberada após audiência de custódia.
O pai, que ainda não havia registrado a filha, conseguiu exigir seu nome à certidão de nascimento da criança.
Conforme resposta da advogada Gleiciane Rodrigues Arruda, a mãe optou por dar à luz em Ponta Porã, cidade onde reside a avó da criança. “Por essa razão, o nome dele não constava nenhum documento, mas enquanto estava sob custódia, a mãe do bebê me concedeu procuração para representá-la. Devido à gravidade da situação, a regularização, que normalmente levaria 5 dias úteis, foi concluída em 24 horas, e agora o pai já está registrado como responsável pela filha”, declarou a advogada.